Leituras Cristãs
002 - BOA ESCOLHA
«Escolhei hoje a quem sirvais... Porém, eu e a minha casa serviremos ao Senhor» (Josué 24:15).
GENOVEVA tinha saído para passar uma noite feliz com os seus amigos. Surpreendida pela tempestade, foi constrangida a abrigar-se na entrada de um edifício. Do fundo do corredor ouvia-se um cântico: realizava-se uma reunião evangélica numa grande sala onde uma porta se abriu para deixar entrar um retardatário. Genoveva entrou também, impulsionada, sem saber porquê. Sentou-se no meio das pessoas que escutavam atentamente a pregação do Evangelho. O seu coração e a sua consciência foram tocadas: aceitou o sacrifício de Cristo e o valor do Seu sangue vertido na Cruz a fim de perdoar os pecadores. Uma nova vida começou para ela.
No seu meio familiar e profissional, causava espanto a sua transformação, não mais se ouviu falar das suas saídas espalhafatosas: ela podia agora testemunhar que Alguém, Jesus Cristo, tomou o primeiro lugar em seu coração. Todas as distracções com que procurava anteriormente preencher a sua existência, perdem toda a atracção. Tornou-se objecto de escárnio, de sarcasmo. Seus pais chegaram mesmo a proibi-la de frequentar as reuniões cristãs, que eram agora a sua alegria. Esta proibição causou-lhe grande pesar; mas submeteu-se sem contudo renegar Cristo em seu coração.
Já algum tempo, que Genoveva conhecia um jovem digno que lhe propôs casamento; a sua afeição por ela era tão sincera que chegou a acompanhá-la várias vezes à casa de amigos onde se falava em comum da Palavra de Deus.
O jovem que amava Genoveva chegou mesmo ao ponto de modificar muitos dos seus hábitos fortemente mundanos; mostrava especialmente pela sua atitude, o seu respeito pela fé cristã. Entretanto ela apercebeu-se, por diversas razões, que a transformação nele era apenas exterior, e que Jesus não tinha realmente entrado na sua vida: como
poderiam eles seguir um caminho a dois, sem estarem de acordo sobre a fé cristã, o alvo da sua existência? Depois de dias difíceis e de lutas interiores, ela recusou as promessas do jovem e pronuncia o «não». Este «não» comovia muito o seu coração.
Genoveva, conheceu, então, anos difíceis, mas ouvia uma só voz, a voz de Deus, e sentia-se segura da Sua aprovação. Nas suas actividades, mostrava uma nova vida que lhe permitia reagir às circunstâncias de uma maneira completamente diferente de outrora (Ef 4:22-24).
Todavia ela entristecia-se tendo conhecimento de que o seu amigo se aturdia no meio dos prazeres efémeros e das alegrias sem futuro. Apenas podia orar por ele...
E Deus ouviu a sua oração! Num dia de grande tristeza, o jovem, em vez de se entregar ao desespero, domina-se, curva a sua cabeça diante de Cristo e aceita a Sua graça. Desde então tornou-se um «novo homem», um filho de Deus pela fé (João 1:12,13; 3:6,7).
Agora abria-se, sob o olhar de Deus, um caminho de uma união feliz para eles que, tinham escolhido o caminho da renunciação.
in Leituras Cristãs, Volume XXXII, Depósitos de Literatura Cristã, R. Infantaria 16, 77, r/c- Esq., 1300 Lisboa, Portugal - Lisboa, 1984, págs. 52-53
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