… Mas o melhor de tudo é crer em Cristo! Luís Vaz de Camões (c. 1524 — 1580)

sábado, 19 de março de 2016

“Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça.” (Lc 22:32, ARC, Pt)


Octavius Winslow

“Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça.” (Lc 22:32, ARC, Pt)

Nenhum acontecimento pode surpreender-te, nenhuma contingência pode frustrar-te, nenhuma dificuldade te pode desconcertar. A história completa do Crente de Deus, desde o seu primeiro alento até ao seu último, está escrito no Seu livro, ainda mesmo quando ele não tinha nenhuma existência, como se o Crente fosse uma pessoa do passado. Em antecipação de cada circunstância desenvolvida, de cada tentação e prova, de cada dificuldade e necessidade, Jesus ora pelo Seu povo “Mas Eu roguei por ti.” Parece que a dor alcança o Seu coração antes que toque nos nossos próprios corações; é como se o assalto tivesse caído sobre Ele antes que desabasse sobre nós; e Ele, vendo em que circunstâncias críticas e dolorosas poderiam estar as Suas criancinhas neste mundo, Ele antecipa o caso delas pela intercessão especial em Seu nome: ”Mas Eu roguei por ti.”

Pode a mente do crente descansar sobre uma verdade mais bela que o sustente e acalme no meio da sua tribulação? Isto é uma manifestação gloriosa de amor, saber que quando a fé foi submetida a uma prova, que então Jesus ora pela vítima. É-nos assegurado que antes que um dardo seja atirado ao crente ou ainda quando ainda não havia uma suspeita de que o tentador se acercava, e que o perigo estava perto, Jesus, vestido com a Sua roupa sacerdotal, e com o incensário de ouro na Sua mão, havia entrado para dentro do véu a fim de fazer a intercessão especial pela a prova de fé. Ó, Ele por causa do Seu grande amor pelo crente tentado orou por ele, “Mas Eu roguei por ti.”

E por que é que Jesus rogou? Para que a tentação não possa vir? Para que a fé não possa ser provada? Ó não! Ele não pede ao Pai para que o Seu povo seja desculpado da tentação e da prova. Ele sabe que se a Fé deles está enfocada nEle, eles devem com muita tribulação entrar no reino. Ainda que Ele era puro e livre de pecado, não necessitando de nenhuma prova e de nenhum refinamento, Ele passou pelo mesmo processo que o crente.

Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão; porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemo-nos, pois, com confiança, ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.” (Hb 4:14-16, ARC, Pt)

Mas Jesus roga para que no meio da tua prova a tua fé não falhe. Agora, por que é que tu pensas que a tua fé provada não falhou? Porque a Fé que vós tendes em Deus é como o ouro: assim como a qualidade do ouro se prova com fogo, a Fé que vós tendes em Deus prova-se por meio dos problemas. Se vós passardes a prova, a vossa Fé será mais valiosa do que o ouro, pois o ouro pode-se destruir, mas tudo isto passa porque o vosso grande sumo sacerdote rogou por vós antes da prova, e rogou por vós na prova, e não deixou de rogar por vós desde que a prova começou. Toda a Graça que te mantém, toda a Graça que te refina, toda a Graça que te restaura, toda a Graça do Pai é provida através do canal da intercessão perpétua e frequente do teu grande Salvador, Cristo Jesus. Ó, como deve esta verdade fazer-se um pilar no teu coração! Que o Espírito Santo te convença desta doce verdade para que o efeito seja uma obrigação à tua alma e te entregues sem reservas a Deus!


Tradução de Carlos António da Rocha

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Esta tradução é de livre utilização, desde que a sua ortografia seja respeitada na íntegra porque já está traduzida no Português do Novo Acordo Ortográfico e que não seja nunca publicada nem utilizada para fins comerciais; seja utilizada exclusivamente para uso e desfruto pessoal.

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