8 de janeiro de 585 a. C • Um homem
escapou de Jerusalém
A destruição de Jerusalém por Nabucodonosor
(iluminura medieval)
Duas vezes havia Nabucodonosor deportado os judeus
para a Babilónia. Ezequiel, sacerdote e profeta de Deus Vivo, tinha também sido
levado entre os cativos judeus na segunda deportação ocorrida no ano de 597
antes da era cristã. Lá, na Babilónia, havia ele profetizado que Deus enviaria
Nabucodonosor a Jerusalém, uma vez mais para a destruir completamente, devido
aos pecados e à apostasia do povo judeu. Mais ainda, Deus até o informou mesmo,
e, assim está registado em Ezequiel 21:1-14, do dia em que começaria o assédio
a Jerusalém.
Neste dia, 8 de janeiro de 585 antes de Cristo, um
fugitivo que tinha escapado de Jerusalém, foi ter com Ezequiel em Babilónia, e
tendo-o encontrado, disse-lhe: “A cidade foi conquistada.”. Esta notícia
significava que mais exilados estavam a caminho da Babilónia.
Então Ezequiel recebeu uma mensagem do Senhor. A
primeira parte referia-se aos judeus que não tinham sido levados cativos para a
Babilónia e estavam vivendo nas cidades em ruínas de Judá. Estas pessoas
discutiam entre elas, que se Abraão, uma só pessoa, tinha tomado posse de todo
o território de Israel, então eles que eram muitas pessoas, certamente que mereciam
a toda a terra para si mesmos.
A mensagem de Deus para estes judeus, foi esta: “Dize-lhes,
portanto: Assim diz o Senhor Jeová: Com sangue comeis, e levantais os vossos
olhos para os vossos ídolos, e derramais sangue! e possuireis esta terra? Vós
vos estribais sobre a vossa espada, cometeis abominação, e contamina cada um a
mulher do seu próximo! E possuireis a terra? Assim lhes dirás: Assim disse o
Senhor Jeová: Vivo eu, que os que estiverem em lugares desertos cairão à
espada, e o que estiver sobre a face do campo o entregarei à fera, para que o
coma, e os que estiverem em lugares fortes e em cavernas morrerão de
pestilência. E tornarei a terra em assolação e espanto, e cessará a soberba da
sua força; e os montes de Israel ficarão tão assolados que ninguém passará por
eles. Então saberão que eu sou o Senhor, quando eu tornar a terra em assolação
e espanto, por todas as abominações que cometeram.” (Ez 33:25-29, ARC, Pt).
A segunda parte da mensagem foi dirigida ao povo que
estava cativo em Babilónia com Ezequiel. A respeito deles, Deus disse a
Ezequiel: “Quanto a ti, ó filho do homem, os filhos do teu
povo falam de ti junto às paredes e nas portas das casas; e fala um com o
outro, cada um a seu irmão, dizendo: Vinde, peço-vos, e ouvi qual seja a
palavra que procede do Senhor. E eles vêm a ti, como o povo costuma vir, e se
assentam diante de ti, como meu povo, e ouvem as tuas palavras, mas não as põem
por obra: pois lisonjeiam com a sua boca, mas o seu coração segue a sua
avareza. E eis que tu és para eles como uma canção de amores, canção de quem
tem voz suave, e que bem tange; porque ouvem as tuas palavras, mas não as põem
por obra. Mas, quando vier isto (eis que está para vir), então saberão que
houve no meio deles um profeta.” (Ezequiel 33:30-33).
Quando Deus ao principio chamou Ezequiel,
advertiu-o de que o povo judeu dos seus dia era rebelde, de coração endurecido
e teimoso, mas que ele de todas as maneira lhes transmitisse a sua mensagem,
quer o escutassem, quer não. “E disse-me: Filho do homem,
eu te envio aos filhos de Israel, às nações rebeldes que se rebelaram contra
mim; eles e seus pais prevaricaram contra mim, até este mesmo dia. E os filhos
são de semblante duro, e obstinados de coração: eu te envio a eles, e lhes
dirás: Assim diz o Senhor Jeová. E eles, quer ouçam quer deixem de ouvir
(porque eles são casa rebelde), hão de saber que esteve no meio deles um
profeta.” (Ezequiel 2:3-5).
Ezequiel agora estava experimentando a realidade do
que Deus lhe havia dito, porque ninguém escutava! Ninguém queria saber nada de
Deus!
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Fontes Utilizadas:
Vários “Sítios” e enciclopédias na Internet e ainda algumas obras em papel.
Respigado daqui e dali.
Carlos António da Rocha
Este
texto é de livre utilização, desde que a sua ortografia seja respeitada
na íntegra porque já está escrito com o Português do Novo Acordo
Ortográfico e que não seja nunca publicado nem utilizado para fins
comerciais; seja utilizado exclusivamente para uso e desfruto pessoal.
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