C. H.
Mackintosh
Breves Meditações
11 - Um rogo veemente
Um rogo veemente Leitor cristão, sinto-me constringido a fazer um rogo veemente ao seu coração e à sua consciência, na presença d’Aquele perante quem você e eu somos responsáveis, e ante Quem estão a nu os nossos corações e os nossos caminhos. Não é minha intenção julgá-lo, nem falar-lhe de forma detestável. Tão pouco quero escrever com um espírito azedo ou quereloso (1). Só desejo despertar a sua mente renovada, reavivar as energias da sua nova natureza, exortá-lo e estimulá-lo a aplicar um zelo mais ardente e uma devoção mais enérgica no serviço de Cristo.
Agora, pois, querido leitor, vendo que estas coisas são assim, perguntemo-nos uns aos outros: Como é que elas nos afectam? Que estamos fazendo no meio do cenário que nos rodeia? Como estamos cumprindo a nossa quádrupla responsabilidade, a saber: a nossa responsabilidade ante Deus, a nossa responsabilidade para com a Igreja, a nossa responsabilidade para com os pecadores perdidos e a nossa responsabilidade para com as nossas próprias almas? Esta é uma pergunta de peso que devemos expô-la na presença de Deus e aí sopesá-la em toda a sua magnitude. Estamos fazendo realmente tudo o que está ao nosso alcance para o progresso da causa de Cristo, o florescimento da Sua Igreja e o progresso do Seu Evangelho? Confesso-lhe, francamente, meu amigo, que me receio muito de que não estejamos fazendo um uso correcto de toda a graça, luz e conhecimento que o nosso Deus nos tem comunicado tão graciosamente. Assusta-me pensar que não estejamos negociando fiel e diligentemente com os nossos talentos ou ocupando-nos com eles até que o Senhor volte. Ocorro-me sempre que as pessoas de muito menos conhecimento, com muito menos estudos, são muito mais práticas, mais frutíferas em boas obras, mais favorecidas na conversão de almas preciosas, mais frequentemente usadas por Deus. A que se deve isto? Despojamo-nos, você e eu, suficientemente a nós mesmos, oramos o suficiente, é o nosso olho suficientemente bom, ou seja, temos um coração submisso?
Talvez responda: «É algo detestável estarmos ocupados connosco mesmos, nos nossos caminhos ou nas nossas obras». Sim, mas se os nossos caminhos e as nossas obras não são o que deveriam ser, temos o dever de nos ocuparmo-nos com eles, o dever de julgá-los. O Senhor, por meio do seu profeta Ageu, exortava aos judeus de antanho a “meditar sobre os vossos caminhos” (4) e o Senhor Jesus diz a cada uma das sete igrejas: “eu conheço as tuas obras.” (5) Existe um grave perigo em estar satisfeitos com o nosso conhecimento, os nossos princípios, a nossa posição, enquanto, ao mesmo tempo, andamos com espírito carnal, mundano, relaxado ou negligente. O fim disto, seguramente, será terrível. Consideremos estas coisas. Oxalá que a admoestação apostólica afecte, pelo poder divino, os nossos corações, “Olhai por vós mesmos, para que não percamos o que temos ganho, antes recebamos o inteiro galardão.”(6) (7)
Notas:
(1) queixoso
(2)1Pe 4:7
(3) Ez 12:23
(4) Ag 1:5-7:Ora, pois, assim diz
o SENHOR dos Exércitos: Considerai os vossos caminhos. Semeais muito, e
recolheis pouco; comeis, porém não vos fartais; bebeis, porém não vos saciais;
vesti-vos, porém ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o num saco
furado. Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai os vossos caminhos.
(5) Ap 2:19
(6) 2Jo 8 Mais expressivamente,
como diz esta versão: “Olhai por vós mesmos, para que não percamos o fruto do
vosso trabalho, antes recebamos o galardão inteiro.”
(7) Artigo n.º7
http://www.verdadespreciosas.com.ar/index.html
Tradução de Carlos António da Rocha
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Esta tradução é de
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