… Mas o melhor de tudo é crer em Cristo! Luís Vaz de Camões (c. 1524 — 1580)

sábado, 11 de junho de 2011

Leituras Cristãs
Laubach é o único missionário americano a ser homenageado com um selo postal americano da Série Grandes Personagens dos Estados Unidos da América, em 1984.

FRAGMENTOS DO DIÁRIO DE FRANK CHARLES LAUBACH




Um cristão que foi nosso contemporâneo, Frank Charles Laubach (2 de setembro de 1884 - 11 de junho de 1970), ficou conhecido como o fundador do movimento moderno de alfabetização.

Uma das suas obras mais influentes de devoção foi um panfleto intitulado "O jogo com os minutos." Nele, Laubach exortava os cristãos a tentar manter Deus em mente, pelo menos um segundo de cada minuto do dia. Desta forma, os cristãos podem exercitar a atitude de oração constante de que fala o "A Carta aos Colossenses", do Apóstolo Paulo.


Os seus diários particulares registam o esforço de uma vida inteira para imprimir outra marca: a de quem vive com a consciência constante da presença de Deus.


Para atingir esse alvo, ele procurava adequar seus atos à vontade de Deus – “O que desejas que eu diga, Pai?” “O que desejas que eu faça nesse minuto, Pai?”


Registava muitos fracassos quando as distrações expulsavam, completamente, Deus da sua mente. Aos poucos, contudo, ele aprendeu que o exercício diário transformava o espírito. Sempre que encontrava uma pessoa, orava interiormente por ela. Ao atender o telefone sussurrava a si mesmo: “Um amado de Deus vai falar comigo agora”. Quando andava na rua ou esperava em uma fila, orava silenciosamente pelas pessoas que o cercavam.

Será possível termos aquele contacto com Deus o tempo todo, constamente? Durante o tempo todo em que estamos acordados, e depois dormindo nos braços dEle, e acordando novamente na Sua presença? Somos capazes de alcançar isso? Somos capazes de fazer a vontade dEle o tempo todo? Somos capazes de pensar como Ele o tempo todo?... Será que sou capaz de trazer o Senhor à minha memória em pequenos intervalos, de tal maneira que Deus esteja sempre no meu pensamento? Escolhi fazer do resto da minha vida uma experiência em resposta a esta questão.


O missionário Frank Laubach descreveu o seu hábito de “lançar” orações pelas pessoas que encontrava em algum momento do dia. Ele estava “teclando com Deus”, em favor delas, permanecendo em constante comunicação com o Pai. Laubach cria que a oração é a força mais poderosa no mundo, e disse: “A minha responsabilidade é viver nesta hora, em contínua conversação interior com Deus e perfeitamente responsivo à Sua vontade”. Frank Laubach orava constamente: "Ó Deus, perdoa as vezes em que olhamos o mundo com os nossos olhos enxutos".


Eis então alguns excertos do diário de Laubach do ano da graça do nosso Senhor de 1930:



O DIÁRIO DE FRANK LAUBACH


 26 DE JANEIRO DE 1930 – Estou a sentir Deus a cada movimento, por um ato de vontade –desejando que Ele dirija estes dedos que agora escrevem através desta máquina de escrever– com o anseio de que Ele Se manifeste através dos meus passos enquanto ando.


 1 DE MARÇO DE 1930 – A sensação de estar a ser conduzido por uma mão invisível que segura a minha, enquanto a outra mão Se estende adiante e prepara o caminho, cresce em mim a cada dia… Isto às vezes requer um longo período da manhã. Determino não me levantar da minha cama até que esteja de acordo com aquele posicionamento mental a respeito de Deus.


18 DE ABRIL DE 1930 – Tenho experimentado uma emocionante comunhão com Deus, a qual tem feito com que eu sinta aversão a tudo o que não esteja de acordo com Ele. Durante esta tarde, a presença de Deus surpreendeu-me com a mais absoluta alegria, a ponto de pensar que nunca conheci nada igual. Deus estava tão próximo e tão maravilhosamente amável, que me senti completamente derretido, com uma felicidade e uma satisfação nunca dantes experimentadas. Após esta experiência, que agora me sobrevém várias vezes durante a semana, a imundícia causa-me repulsa, porque conheço o poder que ela possui para me arrastar para longe da presença de Deus. E após uma hora de íntima comunhão com Deus, a minha alma sente-se limpa, como a neve que acabou de cair.


14 DE MAIO DE 1930 – Oh, este hábito de manter-me em constante contacto com Deus, de fazer dEle o objeto do meu pensamento e o Companheiro das minhas conversas é a coisa mais extraordinária que já experimentei. E está a funcionar. Não posso fazê-lo nem mesmo por meio-dia – ainda não, creio que em breve o farei durante o dia todo. É uma questão de adquirir um novo modo de pensar.


24 DE MAIO DE 1930 – Manter-me concentrado em Deus é um trabalho árduo, mas todas as demais coisas também deixaram de ser tão difíceis. Agora penso mais claramente, e não me esqueço das coisas com tanta frequência. Coisas que eu outrora fazia e me deixavam extenuado, agora faço-as com facilidade e sem qualquer esforço. Nada mais me preocupa, e não perco mais o sono. Durante uma boa parte do meu tempo, sinto-me a andar no ar. Até mesmo o espelho revela uma nova luz nos meus olhos e na minha face. Não me sinto mais ansioso por coisa alguma. Tudo vai bem. Encontro-me calmo a cada minuto, como se cada minuto não fosse importante. Nada pode dar errado exceto uma coisa. É que Deus pode escapar da minha mente.


1 DE JUNHO DE 1930 – Ah, Deus, que nova proximidade isso traz para Ti e para mim, estar consciente de que Tu Sozinho és capaz de me compreender, porque Tu somente conheces todas as coisas! Não és mais um Estranho, Deus! És o único Ser no universo que pode ser completamente conhecido! Estás dentro de todo o meu ser – comigo, aqui… Significa que nenhuma luta esta noite ou amanhã, como nunca houve, nem uma vez, seria capaz de Te afastar. Porque quando Te perco por uma hora, sofro uma perda. Aquilo que Tu farias, só poderia ser feito estando Tu no controle o tempo todo.


A segunda-feira passada foi o dia mais bem-sucedido de toda a minha vida. Consagrei todo o meu dia a fazer uma completa entrega a Deus…Lembro-me de como olhava para as pessoas com um amor dado por Deus, e em resposta as pessoas olhavam-me e agiam como se me quisessem seguir. Pude então sentir que por um dia vi um pouco do maravilhoso impulso que Jesus possuía, quando andava dia após dia “inebriado da presença de Deus”, e radiante com a comunhão interminável da Sua Alma com Deus.


 De vários 'sítios'.

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