C. H. Spurgeon
Sermão n.º 621
“O sangue precioso de Cristo” (The Precious Blood of Christ), pregado na
manhã de
domingo,
26 de
março de 1865, no Metropolitan Tabernacle, Newington.
“O precioso sangue de Cristo” (1Pe 1:18-19, ARC, Pt)
O sangue tem sido considerado por Deus desde o início como a coisa mais
preciosa. Ele vedou[1] este
manancial[2] de vitalidade com as mais solenes sanções. O Senhor, deste modo[3], ordenou a Noé e aos seus descendentes, “A carne, porém, com a sua
vida, isto é, com seu sangue, não comereis.” (Gn 9:4, ARC, Pt) O homem tinha
“tudo o que se move” sobre a Terra (Gn 9:3, ARC, Pt) para lhe servir de
alimento, mas, de modo algum, poderia comer o sangue com a carne. As coisas
estranguladas[4] eram para ser consideradas[5]
impróprias para comida, visto que Deus não queria
que o homem se tornasse muito familiar com o sangue, comendo-o ou bebendo-o, em
qualquer forma. Até o sangue de touros e cabras, deste modo, tiveram um caráter
sagrado que lhe foi colocado pelos decretos de Deus.
Quanto ao sangue do homem, lembrai-vos de como Deus é ameaçador, “E,
certamente, requererei o vosso sangue, o sangue das vossas vidas; da mão de
todo o animal o requererei; como, também, da mão do homem, e da mão do irmão de
cada um, requererei a vida do homem.” (Gn 9:5, ARC, Pt)
É verdade que o primeiro assassino não teve o seu sangue derramado pelo
homem, mas por outro lado, o crime era algo de novo e a penalidade, então,
ainda não tinha sido estabelecida e proclamada, e por isso o caso era
claramente excecional, e único; e, além disso, a sentença de Caim foi
provavelmente muito mais terrível do que se ele tivesse sido morto naquele
instante: a ele foi-lhe permitido encher a sua medida de maldade, ser um
fugitivo e um vagabundo à face da Terra, e então receber a herança terrível de
ira, que a sua vida de pecado indubitavelmente muito aumentou. Debaixo da
dispensação teocrática, em que Deus era o Rei e governava Israel, o assassinato
era sempre castigado da maneira mais exemplar, e nunca existia qualquer
tolerância ou desculpa para isto. Olho por olho, dente por dente, vida por
vida, era a severa e inexorável Lei. Está expressamente escrito, “E
não tomareis expiação pela vida do homicida que culpado está de morte: antes,
certamente, morrerá.” (Nm 35:31, ARC, Pt)
Mesmo até nos em casos onde a vida era tirada acidentalmente ou por uma
fatalidade, o assunto não era passado por alto. O assassino fugia imediatamente
para a cidade de refúgio, onde, depois de ter o seu caso devidamente
processado, ele tinha permissão para residir; mas não existia nenhuma segurança
para ele em outro lugar até à morte do sumo-sacerdote. A Lei geral para todos
os casos era, “Assim,
não profanareis a terra em que estais; porque o sangue faz profanar a terra; e
nenhuma expiação se fará pela terra por causa do sangue que se derramar nela,
senão com o sangue daquele que o derramou. Não contaminareis, pois, a terra, na
qual vós habitareis, no meio da qual eu habitarei: pois eu, o Senhor, habito no
meio dos filhos de Israel.” (Nm 35:33-34, ARC, Pt)
Está claro, portanto, que aquele sangue sempre foi
precioso aos olhos de Deus, e Ele também quer que o seja aos nossos.
Ora, se em casos comuns o tirar a vida é deste modo precioso, podereis
imaginar o que está no coração de Deus, quando Ele diz, “Preciosa é, à vista
do Senhor, a morte dos seus santos.” (Sl 116:15, ARC, Pt) Se a morte de um rebelde é
preciosa[6], o que dizer
da morte de um filho? Se Ele não contempla o derramar do sangue dos Seus
próprios inimigos e daqueles que O ofenderam sem proclamar vingança, o que
achais acerca do Seu próprio povo eleito, de quem Ele diz, “precioso será o seu
sangue aos olhos dele”? (Sl 72:14, ARC, Pt) Ele não os vingará, ainda
que demore a fazê-lo? Deve a taça que a meretriz de Roma encheu com o sangue
dos santos, permanecer muito tempo inulto[7]? Não devem os
mártires de Piedmont e dos Alpes, e do nosso Smithfield, e das colinas da
contratual Escócia, ainda obter de Deus a vingança devida por tudo o que eles
sofreram, e por todo o sangue que eles derramaram na defesa de Sua causa?
Eu tenho-vos trazido da besta[8] para o homem, e do homem para aos homens escolhidos de Deus, os
mártires. Tenho outro passo[9] para revelar-vos: é o maior deles todos —é o do sangue de JESUS CRISTO.
Aqui, os poderes expressivos da linguagem poderiam falhar em transmitir-vos a
ideia da preciosidade! Eis aqui, uma Pessoa inocente, sem mancha ou defeito;
uma Pessoa meritória, que magnificou a Lei e a fez honrada —uma Pessoa que
serviu tanto a Deus como ao homem, mesmo até à morte. E não apenas isto, mas
até temos aqui uma Pessoa divina —tão divina, que nos Atos dos Apóstolos Paulo
chama o Seu sangue de “o sangue de Deus.” Coloca inocência, e mérito, e
dignidade, e posição, e a própria Deidade, numa balança, e então concebe qual
deva ser o valor inestimável do sangue derramado por Jesus Cristo. Os anjos
devem ter visto aquele derramamento de sangue sem igual com admiração e com
assombro, e até o próprio Deus viu o que nunca antes havia sido visto na
criação ou na providência; Ele viu-se a Si mesmo muito mais gloriosamente revelado[10] do que o faz todo o universo.
Aproximemo-nos do versículo para tentar demonstrar
a preciosidade do sangue de Cristo. Vamos limitar-nos a uma enumeração de
algumas das muitas propriedades deste sangue precioso. Eu senti, enquanto
estava estudando este assunto, que teria tantos itens esta manhã, que algum de
vós comparariam o meu sermão aos ossos secos da visão de Ezequiel, —eles eram
muitos e estavam realmente muito secos; mas tenho a esperança de que Espírito
Santo de Deus descerá sobre os ossos do meu sermão, os quais, ainda que eles
mesmos estejam secos, serão despertados, e cheios de vida, e vós podereis
admirar o excessivamente grande exército de pensamentos de amor e benevolência[11] de Deus para com o Seu povo, expresso no sacrifício do Seu próprio
amado Filho.
O precioso sangue de Cristo é útil ao povo de Deus
de muitas maneiras: Nós pretendemos falar de doze delas. Afinal, a verdadeira
preciosidade de uma coisa deve depender da sua utilidade em tempo de
adversidade e juízo. Uma bolsa de pérolas seria para nós, esta manhã, muito
mais preciosa do que um saco de pão; mas todos vós deveis ter ouvido a história
do homem no deserto, quando quase a morrer, achou por acaso[12] uma bolsa, e abriu-a, esperançoso de que pudesse ser a mochila de algum
viandante, e ele achou nela, nada, além de pérolas! Se elas fossem crostas de
pão, quanto mais preciosas elas teriam sido para ele! Eu digo, na hora de
necessidade e de perigo, a utilidade de uma coisa constitui a sua verdadeira
preciosidade. Isto pode não estar de acordo com a política economia, mas está
de acordo com o bom senso[13].
1. O sangue precioso de Cristo tem um PODER REDENTOR.
Ele redime da Lei. Todos nós estávamos debaixo da Lei, que diz, “Faz
isto, e vive.” Nós éramos escravos dela: Cristo pagou o preço do resgate, e a
Lei não é mais o nosso amo tirano. Nós estamos completamente livres dela. A Lei
tinha uma maldição terrível; seja quem for que violar um dos seus preceitos,
devia morrer: “Cristo nos resgatou da maldição da Lei, fazendo-se maldição por nós.”
(Gl 3:13, ARC, Pt) Pelo temor desta maldição, a Lei infligia um contínuo pavor
àqueles que estavam debaixo dela; eles sabiam que lhe tinham desobedecido, e
permaneciam durante toda a sua vida debaixo da escravidão, temerosos de que a
morte e a destruição caíssem sobre eles a qualquer momento: mas nós não estamos
sob a Lei, mas sob a Graça, e consequentemente “não recebemos o espírito de
escravidão, para outra vez estarmos em temor, mas recebemos o Espírito de
adopção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. (Rm 8:15, ARC, Pt)
Agora, nós não temos medo da Lei; os seus piores
trovões não nos podem atingir, porque eles não arremesssados contra nós! Os
seus raios mais tremendos não nos podem tocar, porque nós estamos abrigados sob
a cruz de Cristo, onde o trovão perde o seu terror e a raio a sua fúria. Agora
nós lemos a Lei de Deus com prazer; nós vemo-la como a arca, coberta com o
propiciatório, e não trovejando tempestuosamente do cume ardente do monte
Sinai.
Feliz é aquele homem que sabe da sua completa
redenção da Lei, da sua maldição, da sua penalidade, e do seu terror. Meus
irmãos, a vida de um judeu, poderia ser considerada feliz se fosse comparada
com a dos pagãos, porém, era a perfeita escravidão se comparada com a sua vida
ou com a minha. Ele estava[14]
restringido com[15] mil mandamentos e proibições, as suas normas e cerimónias eram
abundantes, e os seus pormenores minuciosamente organizados. Ele estava sempre
em perigo de se tornar ele próprio impuro. Se ele se sentasse numa cama ou num
banco, poder-se-ia contaminar; se ele bebesse de um jarro térreo, ou até mesmo
tocasse a parede de uma casa, onde, antes dele, um homem leproso pudesse ter
posto a sua mão, e ele iria, deste modo, ficar contaminado[16].
Milhares de pecados por ignorância eram como outras tantas covas
escondidas no seu caminho; ele devia viver perpetuamente com medo, para que ele
não viesse a ser cortado do povo de Deus. Quando ele fazia o seu melhor no
dia-a-dia, ele sabia que ainda não terminara; nenhum judeu podia considerar a
sua obra terminada. O novilho fora oferecido, mas ele deveria trazer outro; o
cordeiro era imolado esta manhã, mas outro deveria ser imolado hoje à noite,
outro amanhã, e outro, no dia seguinte. A Páscoa é celebrada com ritos
sagrados; isto devia ser mantido[17] da mesma
maneira, no próximo ano. O sumo-sacerdote havia entrado além do véu uma vez,
mas ele deveria entrar lá novamente; a coisa nunca estava terminada, está
sempre começando. Ele nunca estava próximo de um fim. “A Lei nunca, pelos
mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que
a eles se chegam.” (Hb 10:1, ARC, Pt)
Mas, veja a nossa posição: Nós somos redimidos destas coisas. A nossa
Lei está cumprida, por Cristo ser o fim da Lei para a justiça; o nosso cordeiro
pascal foi imolado, pois Jesus morreu; a nossa justiça está terminada, pois nós
estamos completos nEle; a nossa vítima está morta, o nosso sacerdote entrou
além do véu, o sangue foi aspergido; nós estamos limpos, e livres de qualquer
medo de corrupção, “porque (Ele) aperfeiçoou para sempre os que são
santificados.” (Hb 10:14 , ARC, Pt) Prezai este sangue precioso, meus amados,
porque foi assim que Ele vos redimiu da servidão e do cativeiro que a Lei impôs
aos seus sacerdotes[18].
2. O valor de sangue está principalmente na sua EXPIAÇÃO EFICAZ.
Nós somos informados em Levítico, que “é o sangue que fará expiação pela
alma.” (Lv 17:11, ARC, Pt) Sob a Lei, Deus nunca perdoou o pecado à parte do
sangue. Isto permaneceu como um versículo constante —”e sem derramamento de sangue
não há remissão.” (Hb 9:22, ARC, Pt) Farinha e mel, especiarias doces e
incenso, de nada valeriam sem o derramar de sangue. Não havia promessa de
remissão baseada em esforço futuro ou profundo arrependimento; sem o
derramamento de sangue o perdão nunca viria. O sangue, e somente o sangue,
tirava o pecado e permitia ao homem chegar-se ao trono de Deus para O adorar,
porque o sangue tornara-o um com Deus. O sangue é a grande ex-pi-a-ção. Não há
nenhuma esperança de perdão para o pecado de qualquer homem, exceto que o seu
castigo seja completamente suportado[19]. Deus deve
punir o pecado. Não é uma disposição arbitrária que o pecado deva ser punido,
mas é uma parte da própria constituição moral do governo que o pecado deve ser
punido. Deus nunca Se desviou disto, e nunca se desviará. “ ‘Ele’ de maneira
alguma terá por inocente o culpado[20].” (Ex 34:7,
PJFA)
Cristo, por essa razão, veio e foi castigado no
lugar e proveito de todo o Seu povo. Incontáveis são as almas pelas quais Jesus
derramou o Seu sangue. Ele fez uma expiação completa pelos pecados de todos os
eleitos. Por cada homem nascido de Adão, que tem crido ou que irá crer nisto,
ou que é levado para a glória antes de ser capaz de crer, Cristo fez uma
expiação perfeita; e não há nenhum outro plano pelo qual os pecadores possam
ser feitos um com Deus, exceto pelo precioso sangue de Jesus. Eu posso fazer
sacrifícios; eu posso mortificar o meu corpo; eu posso ser batizado; eu posso
receber sacramentos; eu posso orar até que os meus joelhos se endureçam com o
ajoelhar; eu posso ler palavras devotas até que eu as saiba de cor; eu posso
celebrar missas; eu posso adorar numa língua ou em cinquenta línguas; mas eu
nunca posso ser um com Deus, exceto pelo sangue; e por aquele sangue, “o sangue
precioso de Cristo.”
Meus amigos queridos, muitos de vós já tendes
sentido o poder redentor do sangue de Cristo; não estais mais sob a Lei agora,
mas debaixo da Graça: vós também tendes sentido o poder expiatório do sangue;
sabeis que tendes sido reconciliados com Deus pela morte do Seu Filho; tendes
consciência de que Ele não é um Deus irado convosco, que Ele ama-vos com um
amor imutável; mas este não é o caso de todos vós, aqui. Que assim fosse! Eu
oro para que vós possais conhecer, neste dia, o poder expiatório do sangue de Jesus.
Criatura, não desejarias tu estares identificado com o teu Criador? Homem fraco[21], não desejarias tu ter o Deus Todo-poderoso para ser teu amigo? Tu não
podes estar de bem[22] com Deus exceto através da ex-pi-a-ção. Deus apresentou Cristo para ser
a propiciação pelos nossos pecados. Oh, recebei a propiciação pela fé no Seu
sangue, e sede um com Deus.
3. Em terceiro lugar, o sangue precioso de Jesus
Cristo tem PODER PURIFICADOR.
João diz-nos na sua primeira Epístola, primeiro
capítulo, sétimo versículo, “o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica
de todo o pecado.” A consequência direta do pecado é a contaminação do pecador,
daí a necessidade da purificação. Suponha que Deus, o Santo, estava
perfeitamente disposto a ser reconciliado com o malvado pecador[23], o que não poderia ser suposto, ainda que os olhos do Altíssimo se
fechassem para o pecado, mesmo assim, enquanto continuarmos impuros, nunca
poderemos sentir em nossos corações algo como alegria, descanso e paz. O pecado
é uma praga para o homem que o comete, e uma coisa odiosa para Deus que o
aborrece. Eu preciso ser purificado, preciso ser lavado das minhas iniquidades,
ou nunca poderei ser feliz. A primeira misericórdia mencionada no Salmo 103 é:
“...que perdoa todas as tuas iniquidades” (v.3).
Agora sabemos que é pelo precioso sangue que o
pecado é purificado. Homicídio, adultério, roubo, seja qual for o pecado, há
poder nas veias de Cristo para tirá-lo de uma vez e para sempre. Não importa
quantas sejam, ou quão enraizadas as nossas ofensas possam estar, o sangue
clama, “ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se
tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se
tornarão como a branca lã” (Is 1:18, ARC, Pt).
Este é o cântico do Céu, —“Temos lavado as nossas vestes no sangue do cordeiro
e temo-las tornado brancas.” Esta é a experiência na Terra, pois jamais ninguém
foi limpo exceto nesta fonte, aberta para a casa de David para o pecado e para
a impureza.
Tendes ouvido isto tão frequentemente que talvez não
vos interessaríeis, ainda que um anjo vos revelasse o mesmo, a não ser que por
experiência própria tivesses conhecido o horror da impureza e a bênção de
terdes sido purificados. Amados, este é um pensamento que devia fazer pular os
nossos corações dentro de nós, que através do sangue de Jesus nenhuma mancha,
ruga ou algo parecido, foi deixado sobre qualquer crente. Oh sangue precioso,
removendo as manchas infernais de abundante iniquidade, e permitindo-me ser
aceite no Amado, não obstante, as muitas maneiras pelas quais me rebelei contra
o meu Deus!
4. Outra virtude do sangue de Cristo é seu PODER DE
PRESERVAÇÃO.
Compreendereis isto melhor ao vos lembrardes da
terrível noite no Egito, quando o anjo da destruição estava do lado de fora
para destruir os inimigos de Deus. Um grito amargo subiu de cada casa, quando
os primogénitos de todo o Egito, desde o trono do Faraó até ao primogénito da
mulher que lidava com o moinho e do escravo no calabouço, caíram mortos num
momento. O anjo veloz percorreu com asas silenciosas cada rua das muitas
cidades do Egito; mas havia algumas casas nas quais ele não podia entrar. Ele
embainhou a sua espada e não feriu ninguém ali. O que preservou aquelas casas?
Os seus moradores não eram melhores do que os outros, as suas habitações não
eram mais elegantes, não havia nada ali, exceto a mancha de sangue no lintel[24] e nos dois umbrais da porta, onde estava escrito: “Vendo eu sangue,
passarei por cima de vós” (Ex 12:13, ARC, Pt).
Nada havia ali que pudesse ter ganho o livramento[25] para Israel, senão o aspergir do sangue. O chefe da família havia
tomado um cordeiro e o sacrificara, recolhendo o sangue numa bacia, e enquanto
se assava o cordeiro para ser comido por todos os moradores da casa, ele tomava
um molho de hissopo, molhava-o na bacia de sangue e ia para o lado de fora com
seus filhos e começava a tingir[26] os umbrais da porta e a verga, e logo que isto era feito todos estavam
seguros, bem seguros; nenhum anjo poderia tocá-los, nem os próprios demónios do
Inferno poder-se-iam aventurar por lá.
Amados, vede, nós somos preservados em Cristo
Jesus. Não viu Deus o sangue antes que vós e eu o tivéssemos visto, e não foi
por esta razão que Ele separou as nossas vidas arruinadas quando como figueiras
secas não produzíamos frutos para Ele? Lembremo-nos de que, quando vimos o
sangue, não fomos salvos porque o vimos; a visão do sangue trouxe-nos paz, mas
foi o facto de Deus o ter visto primeiro que nos salvou. “Vendo eu sangue,
passarei por cima de vós.” E hoje, se os meus olhos da fé forem obscurecidos, e
me for difícil ver o precioso sangue ou mesmo regozijar-me por ter sido lavado
nele, ainda assim Deus pode ver o sangue, e enquanto a visão clara de Deus
contempla o sacrifício expiatório do Senhor Jesus, Ele não pode destruir ou
castigar nenhuma vida que esteja coberta com este manto escarlate.
Oh, quão precioso é este escudo de sangue vermelho!
A minha alma, curva-se sob ele quando os dardos do Inferno estão sendo
lançados: Isto é o carro triunfal. Esta é a cobertura que é feita de púrpura;
deixa vir a tempestade e o dilúvio levantar-se, deixa até mesmo o granizo
abrasador descer, debaixo deste pavilhão carmesim, a minha alma pode descansar
segura, pois, o que poderá tocar-me, quando eu estou coberto com o Seu precioso
sangue?
Permite-me, amigo, pedir-te que venhas para debaixo
do abrigo da cruz. Senta-te, agora, à sombra da cruz e sente “eu estou seguro,
estou seguro, oh, sim demónios do Inferno, oh, sim anjos de Deus —eu posso
desafiá-los a todos, e indagar— Quem me poderá separar do amor de Deus em
Cristo Jesus, ou quem irá acusar-me, visto que Cristo morreu por mim”? Quando o
Céu estiver em chamas, quando a Terra começar a tremer, quando as montanhas
tremerem e Deus separar o justo do ímpio, felizes serão aqueles que encontraram
abrigo debaixo do sangue. Mas onde estarás tu, que nunca confiaste no poder
purificador do sangue? Clamarás às rochas que te escondam e às montanhas que te
cubram, porém, tudo será em vão. Ou Deus te ajuda agora, ou, nem mesmo o sangue
te poderá ajudar, naquele dia.
5. Quinto, o sangue de Cristo é precioso por causa
de seu APELO PREDOMINANTE.
Paulo diz no décimo segundo capítulo da sua
Epístola aos Hebreus, no vigésimo quarto versículo, “fala melhor do que o de
Abel” O sangue de Abel pleiteou[27] e prevaleceu; o seu grito era “Vingança” e Caim foi punido. O sangue de
Jesus pleiteia e prevalece; o seu grito é “Pai, perdoa-lhes!” e os pecadores
são perdoados por causa dele[28]. Quando eu não posso orar como deveria, quão doce é lembrar-me de que o
sangue ora! Não há voz na minha língua, mas há sempre uma voz no sangue. Quando
me curvo diante do meu Deus e não posso ir além de dizer: “Ó Deus, tem
misericórdia de mim, pecador”, ainda assim o meu Advogado diante do trono não
está mudo, embora eu o esteja, e o Seu apelo não perde poder pelo facto da
minha fé no mesmo ter diminuído.
O sangue, semelhantemente, prevalece sempre com
Deus. As feridas de Jesus são as muitas bocas para apelar a Deus a favor dos
pecadores— e eu até posso dizer que elas são as muitas cadeias[29] com as quais o amor é levado cativo e a soberana misericórdia é
obrigada a abençoar todos os filhos agraciados. E se eu disser que as feridas
de Jesus se tornaram doadoras da graça, através da qual, o amor divino vem para
o mais vil dos homens, e portas, através das quais os nossos desejos sobem para
Deus e Lhe suplicam, de modo que, Ele Se apraz em atendê-los — estou dizendo
demais? Na próxima ocasião em que não puderdes orar, quando estiverdes
chorando, gemendo, ou lutando no vosso quarto de oração[30], louvai o valor do precioso sangue que intercede por vós diante do
trono eterno.
6. O sangue é precioso por causa da sua INFLUÊNCIA COMOVEDORA no coração
humano. “E olharão para mim, a quem traspassaram; e
o prantearão, como quem pranteia por um unigénito; e chorarão amargamente por
ele, como se chora amargamente pelo primogénito.” (Zc 12:10 ARC, Pt1995) Há uma
grande lamentação entre os pecadores quando são meio despertados e sentem os
seus corações tão endurecidos. O sangue comove profundamente. Os antigos
alquimistas procuraram um solvente universal: esse é o sangue de Jesus. Não há
natureza, por mais obstinada que seja, que diante da visão do amor de Deus em
Cristo Jesus não possa ser amolecida, se a graça lhe abrir os olhos para ver a
Cristo. O empedernido coração humano derrete-se, quando ele é mergulhado no
sangue divino. Será que não concordaríeis, caros amigos, que Toplady[31] estava certo
quando disse no seu hino:
“Lei e
terrores apenas endurecem
Enquanto
operam sozinhos,
Mas um senso de perdão comprado
pelo sangue
Logo dissolve
o empedernido coração.”
Pecadores, se Deus vos levar, nesta manhã[32], a crer em
Cristo para salvar-vos, se vós confiardes as vossas almas nas Suas mãos para
serdes salvos, esses duros coração de pedra derreter-se-ão de uma vez.
Pensaríeis de modo diferente a respeito do pecado, meus amigos, se soubesseis o
que Cristo sofreu por causa dele. Oh, se soubésseis que por trás daqueles
queridos olhos estava o coração amoroso de Jesus olhando para vós, eu sei que
diríeis: “Eu odeio o pecado que O fez prantear, e O pregou naquela maldita
cruz.” Eu não creio que a pregação da Lei possa amolecer o coração do homem. Se
o golpeássemos com um martelo poderíamos juntar ainda mais as suas partículas,
e tornar o ferro ainda mais duro: mas, oh, pregar o amor de Cristo! —O Seu
grande amor com que nos amou, mesmo estando nós mortos nos nossos pecados, e
dizer aos pecadores que há vida em olhar para o Crucificado— de facto, isso irá
provar que Cristo foi exaltado para dar arrependimento e remissão dos pecados.
Vinde para o arrependimento, se não puderdes vir arrependidos. Vinde para
receberdes um coração compungido, se não puderdes vir com corações compungidos.
Vinde para serdes enternecidos[33], se ainda não
o estais. Vinde para serdes feridos, se não o estiverdes.
7. O mesmo sangue que comove tem um AFÁVEL PODER DE
PACIFICAR.
John Bunyan[34] fala da Lei
como vindo para varrer o quarto semelhantemente a uma criada com uma vassoura;
e quando ela começa a varrer, levanta uma grande poeira que quase sufoca as
pessoas, além de entrar nos seus olhos; mas depois, vem o Evangelho com as suas
gotas de água e assenta a poeira, e então a vassoura pode ser usada de modo
muito melhor. Ora, às vezes acontece que a Lei de Deus levanta tal poeira na
alma do pecador que nada além do precioso sangue de Cristo pode fazer tal
poeira assentar. O pecador é inquietado de tal maneira que nada pode trazer-lhe
qualquer alívio senão o conhecimento de que Jesus morreu por ele.
Quando senti o fardo do meu pecado, eu confesso que
todas as pregações que ouvi não me deram sequer um átomo de consolo. Fui
instruído para fazer isto e mais aquilo, e quando fiz o que me aconselharam eu
não tinha avançado uma polegada[35]. Eu pensei que deveria sentir alguma coisa, ou fazer algumas orações; e
quando o fazia, a carga ficava ainda mais pesada. Mas, no momento em que
percebi que não havia absolutamente nada para eu fazer que Jesus já não o
tivesse feito há muitos anos atrás, que todos os meus pecados foram colocados
sobre os Seus ombros e que Ele sofreu tudo o que eu deveria ter sofrido, então o
meu coração teve paz com Deus, paz por crer, paz através do precioso sangue.
Dois soldados estavam de serviço na cidadela de Gibraltar, e um deles
tinha recebido paz através do precioso sangue de Cristo; o outro estava em
grande aflição mental. Aconteceu estarem de guarda, os dois, de sentinela na
mesma noite; e havia grandes fendas nas rochas que foram adaptadas para
transmitir a voz a grande distância. O soldado deprimido mentalmente estava
quase a desesperar; ele sentia que se havia rebelado contra Deus e não sabia
como ser reconciliado com Ele, quando subitamente ouviu o que lhe parecia uma
voz vinda do Céu, dizendo estas palavras: “O precioso sangue de Cristo.” Num
instante ele entendeu tudo: foi isto que nos reconciliou com Deus, e então ele
regozijou-se com alegria indizível e cheio de glória.
Pergunto: aquelas palavras vieram diretamente de
Deus? Não. Elas vieram, quanto ao efeito que produziram, do Espírito Santo.
Quem havia dito aquelas palavras? Curiosamente, a outra sentinela do outro lado
da fenda estava parada e meditando, quando um oficial se aproximou e pediu-lhe
que dissesse a senha da noite, e com a prontidão de um soldado ele o fez, mas
não corretamente, pois, estando tão absorto na sua meditação, que ao invés de
dizer a senha combinada, ele disse ao oficial: “O precioso sangue de Cristo.”
Imediatamente ele se corrigiu, no entanto as suas palavras foram soando através
da fenda e alcançaram os ouvidos para os quais Deus as destinara, e o homem
encontrou a paz e viveu a sua vida no temor de Deus, sendo nos anos seguintes o
instrumento usado por Deus para completar uma das nossas excelentes traduções
da Bíblia na língua hindu.
Quem pode dizer, queridos amigos, quanta paz vós
podeis transmitir, somente em contar a história do nosso Salvador. Se eu
soubesse que iria morrer e tivesse tempo para dizer apenas algumas palavras eu
diria: “Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que
Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o
principal” (1Tm 1:15, ARC, Pt). A doutrina da substituição é
a essência e a força do Evangelho, e se vós puderdes pregar isto provareis o
valor do precioso sangue e o seu poder em dar paz.
8. Podemos tomar apenas um minuto agora para falar
sobre a INFLUÊNCIA SANTIFICADORA do sangue.
O autor de Hebreus diz-nos no capítulo nove,
versículo catorze, que Cristo santificou o povo pelo Seu próprio sangue.
Certamente que sim, o mesmo sangue que justifica, retirando o pecado, age
subsequentemente sobre a nova natureza e leva para adiante o Cristão para
subjugar o pecado e seguir os mandamentos de Deus. Não há motivo tão grande
para a santidade quanto aquele que flui da pessoa de Jesus. Se quereis saber
porque deveis ser obedientes à vontade de Deus, meus irmãos, ide e olhai para
Aquele que suou grandes gotas de sangue, e o amor de Cristo vos constrangerá, e
assim julgareis, “Que, se um morreu por todos, logo todos morreram. E Ele
morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para Aquele
que por eles morreu e ressuscitou.” (2Co 5:14-15 , ARC, Pt)
9. Ainda outra magnífica virtude do sangue de Jesus
é o seu PODER DE DAR ENTRADA.
Somos informados de que o sumo-sacerdote nunca
entrou além do véu sem sangue; e de facto nós nunca poderemos entrar no coração
de Deus, nem no segredo do Senhor, que está com aqueles que O temem, nem em
qualquer relação familiar com nosso grande Pai e amigo, exceto pelo aspergir do
precioso sangue de Jesus. “Temos acesso com confiança na Sua graça”, mas nunca
ousaremos dar um passo em direção a Deus, exceto se aspergidos com este
precioso sangue. Estou persuadido de que alguns de nós não nos aproximamos de
Deus porque nos esquecemos do sangue. Se tentardes ter um relacionamento com
Deus, baseado nos vossos próprios méritos, nas vossas experiências, nas vossas
crenças, falhareis; porém se tentardes aproximar-vos de Deus estando em Jesus
Cristo, tereis êxito ao fazê-lo, e por outro lado, Deus irá ao vosso encontro
quando Ele vos vir na presença do Seu Ungido. Oh, para podermos estar junto de
Deus! Mas não há proximidade de Deus, exceto quando estamos próximos da Cruz.
Louvai o sangue, então, pelo poder que ele tem de vos aproximar de Deus.
10. O sangue é realmente precioso pelo seu PODER
CONFIRMADOR.
Sabemos que jamais testamento algum foi válido sem
as que vítimas tenham sido imoladas e o sangue aspergido; e é o sangue de Jesus
que ratifica a Nova Aliança, tornando as suas promessas certas para todos os
salvos. Daí ser chamado de “o sangue da aliança eterna.” O apóstolo muda a
figura e diz que o testamento não tem força exceto quando o testador morre. O
sangue é a prova de que o testador morreu, e agora a Lei distribui os bens a
cada herdeiro; porque Jesus Cristo assinou isso, com o Seu próprio sangue
coagulado. Amados, regozijemo-nos em que as promessas são o sim e o ámen, por
nenhuma outra razão além desta, porque Cristo Jesus morreu e ressuscitou. Se
não tivesse acontecido o curvar a cabeça na cruz, o dormir no sepulcro, o
levantar do túmulo, então as promessas seriam incertas, falsas, e não imutáveis
pelas quais “é impossível que Deus minta” e consequentemente nunca propiciaria
grande consolação àqueles que fogem para se refugiarem em Cristo Jesus.
Considerai como é precioso o poder confirmador do sangue de Jesus.
11. Já estou terminando; mas resta outra virtude, é
a décima primeira, e é O PODER TONIFICANTE[36] do sangue precioso.
Se vós quereis conhecer este poder, deveis vê-lo
manifestado, como nós geralmente fazemos, quando cobrimos a mesa com a toalha
branca e colocamos sobre ela o pão e o vinho. O que significa para nós esta
ordenança? Significa que Cristo sofreu por nós e que já tendo nós sido lavados
no Seu precioso sangue, e assim limpos, vimos à mesa para tomar o vinho como um
símbolo da maneira pela qual vivemos e nos alimentamos do Seu corpo e de Seu
sangue. Ele diz-nos “... se não comerdes a carne do Filho do homem, e não
beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.” (Jo 6:53, ARC, Pt). Nós,
portanto, de um modo espiritual, bebemos o Seu sangue, e Ele diz: “O meu sangue
é verdadeira bebida.” Bebida superior! Bebida transcendente! Bebida
fortalecedora? Aquela que os anjos nunca provarão —se bem que eles bebam diante
do trono eterno.
Oh, amados, quando os vossos espíritos
desfalecerem, esse vinho confortar-vos-á; quando as vossas tristezas forem
muitas, bebei e esquecei as vossas misérias, e não vos lembreis mais dos vossos
sofrimentos. Quando estiverdes muito fracos e abatidos, por amor da vossa alma,
não bebais somente um pouco, mas bebei bastante para vos satisfazerdes do vinho
bem amadurecido, o qual fluiu do próprio coração de Cristo. “Bebei
abundantemente, oh amados” diz Cristo à esposa; e não vos demoreis quando Ele
vos convida. Vede: o sangue tem poder para limpar exteriormente como também tem
poder para fortalecer interiormente. Oh, precioso sangue, quantas são as tuas
virtudes! Possa eu prová-las todas!
12. Finalmente, e décimo segundo —doze é o número de perfeição. Nós
destacamos um número perfeito nos seus usos— o sangue tem PODER VENCEDOR.
Está escrito no Apocalipse: “E eles venceram, pelo sangue do cordeiro”
(Ap 12:11, ARC, Pt). Como poderia ser de outra maneira? Aquele que luta com o
precioso sangue de Jesus fá-lo com uma arma que atravessará a alma e o
espírito, as juntas e as medulas, uma arma que faz o Inferno tremer, e torna os
Céus submissos, e a Terra obedientes à vontade do homem que pode empunhá-la. O
sangue de Jesus! O pecado morre na sua presença, a morte deixa de ser morte e o
próprio Inferno seria drenado, ressequido, se este sangue pudesse operar lá. O
sangue de Jesus! As portas do Céu são abertas, barras de ferro são repelidas. O
sangue de Jesus! As minhas dúvidas e temores fogem, os meus problemas e
desastres desaparecem. O sangue de Jesus! Não irei eu conquistando e a conquistar
enquanto puder reivindicar isso! No Céu esta será a jóia escolhida que brilhará
sobre a cabeça de Jesus —que Ele dá ao Seu povo. “Vitória, vitória, através do
sangue do Cordeiro!”
E agora, poderemos usufruir deste sangue? Pode ser alcançado? Sim, é
gratuito, assim como cheio de virtudes, —gratuito para toda a alma que crê!
Qualquer pessoa que quiser vir e crer em Jesus encontrará a virtude deste
sangue na sua vida, nesta manhã[37]. Afastai-vos dos próprios feitos e actos[38]. Voltai os vossos olhos para a completa expiação que foi feita, ao
maior resgate já pago; e se Deus te capacitar, pobre pecador[39], a dizeres nesta manhã: “eu tomo este precioso sangue para ser minha
única esperança” tu serás salvo, e poderás cantar connosco:
“Agora liberto
do pecado, caminho livremente;
O sangue do
Salvador é o meu completo resgate,
Aos Seus
queridos pés, a minha alma repousa,
Um pecador
salvo, homenagem Lhe presta.”
Que Deus conceda que assim seja, por amor de Seu nome. Ámen.
[1] Hedge
(lit.) vedar; restringir, limitar; resguardar(-se), minimizar o risco.
[2] Fountain
(lit.) fonte
[3] Thus
(lit.) adv. assim; deste modo, desta maneira; por conseguinte, nestas
condições, nestes termos; portanto; até
aqui, até este ponto.
[4] Things strangled (Lit.) Os
animais sufocados
[5] Were to
be considered (Lit.) deviam ser considerados
[6] Precious
(lit.) adj precioso: a) valioso, de alto preço. b) de estimação, querido. c)
afetado, presumido.
[7] Inulto
adj. não vingado; que não tirou desforra. (Do lat. inultu-, «id.»)
[8] Beast
(lit.) n 1 besta animal (esp. quadrúpede); pessoa cruel, bruto; 3 natureza ao
instinto animal no homem; gado; Coloq. coisa abominável ou desagradável.
(animal)
[9] Step
(lit.) n passo; distância de um passo; pequena distância, pulo; andar, pisada;
marcha; degrau; som de passos; rasto, pegada; acção, medida; grau, incremento;
Fig. exemplo, trilha. //
[10] Display
(lit.) vt 1 exibir, desenvolver, mostrar, expor, manifestar, patentear;
revelar, desdobrar, descobrir;3 ostentar, mostrar pompa.
[11] loving-kindness (lit.) n bondade.
[12] Topou
[13] Senso
comum
[14] Estava
cercado
[15] Por
[16] Contaminado,
impuro, poluído,...
[17] Repetido
[18] Votary
(lit.) - n. sacerdote, devoto; partidário, defensor, sequaz; entusiasta,
cultor.
[19] Sofrido
[20] Ou “Que
ao culpado ‘Ele’ não tem por inocente.”(Ex 34:7, ARC, Pt)
[21] Puny (lit.) adj. fraco,
débil, franzino; pequeno, insignificante.
[22] Ser um
com Deus
[23] Suppose that God the Holy One were perfectly willing
to be at one with an unholy sinner (lit.) Suponha que Deus, o Santo, quisesse ser
reconciliado com o pecador. (outra possível tradução)
[24] Lintel
(lit.) lintel; dintel; verga; someiro; padieira.
[25] Passover (lit.) páscoa
[26] Strike (lit.)
[27] Pleaded (lit) plead tr. &
intr. v. pleitear, litigiar; defender na qualidade de advogado; responder à
acusação; advogar; pugnar por, argumentar a favor de; alegar razões; pretextar, apresentar como
desculpa, invocar; rogar, suplicar,
pedir.
[28] And sinners are forgiven through
it.(lit.) o sangue
[29] Chains
(lit) cadeia; corrente; grilhões
[30] Upper room
(superior; de cima; mais elevado, mais alto)
[31] Augustus Montague Toplady (4 de novembro de 1740 – 11
de agosto de 1778)
[32] This morning (lit.)
[33] Melted (lit)
[34] (28 de novembro de 1628 – 31 de agosto de 1688)
[35] Polegada
(= 25,4 mm)
[36] Invigorating (lit) adj. tonificante, fortificante;
vivificante; revigorante, tónico.
[37] In his case this very morning (lit.)
[38] Works and doings (lit.)
[39] Poor soul (lit.)
Notas e Tradução de Carlos António da Rocha
****
Esta tradução é de
livre utilização, desde que a sua ortografia seja respeitada na íntegra porque
já está traduzida no Português do Novo Acordo Ortográfico e que não seja nunca
publicada nem utilizada para fins comerciais; seja utilizada exclusivamente
para uso e desfruto pessoal.
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