… Mas o melhor de tudo é crer em Cristo! Luís Vaz de Camões (c. 1524 — 1580)

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Sermão n.º 621



C. H. Spurgeon

Sermão n621

“O sangue precioso de Cristo” (The Precious Blood of Christ), pregado na manhã de domingo, 26 de março de 1865, no Metropolitan Tabernacle, Newington.

“O precioso sangue de Cristo” (1Pe 1:18-19, ARC, Pt)

O sangue tem sido considerado por Deus desde o início como a coisa mais preciosa. Ele vedou[1] este manancial[2] de vitalidade com as mais solenes sanções. O Senhor, deste modo[3], ordenou a Noé e aos seus descendentes, “A carne, porém, com a sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis.” (Gn 9:4, ARC, Pt) O homem tinha “tudo o que se move” sobre a Terra (Gn 9:3, ARC, Pt) para lhe servir de alimento, mas, de modo algum, poderia comer o sangue com a carne. As coisas estranguladas[4] eram para ser consideradas[5] impróprias para comida, visto que Deus não queria que o homem se tornasse muito familiar com o sangue, comendo-o ou bebendo-o, em qualquer forma. Até o sangue de touros e cabras, deste modo, tiveram um caráter sagrado que lhe foi colocado pelos decretos de Deus.

Quanto ao sangue do homem, lembrai-vos de como Deus é ameaçador, “E, certamente, requererei o vosso sangue, o sangue das vossas vidas; da mão de todo o animal o requererei; como, também, da mão do homem, e da mão do irmão de cada um, requererei a vida do homem.” (Gn 9:5, ARC, Pt)

É verdade que o primeiro assassino não teve o seu sangue derramado pelo homem, mas por outro lado, o crime era algo de novo e a penalidade, então, ainda não tinha sido estabelecida e proclamada, e por isso o caso era claramente excecional, e único; e, além disso, a sentença de Caim foi provavelmente muito mais terrível do que se ele tivesse sido morto naquele instante: a ele foi-lhe permitido encher a sua medida de maldade, ser um fugitivo e um vagabundo à face da Terra, e então receber a herança terrível de ira, que a sua vida de pecado indubitavelmente muito aumentou. Debaixo da dispensação teocrática, em que Deus era o Rei e governava Israel, o assassinato era sempre castigado da maneira mais exemplar, e nunca existia qualquer tolerância ou desculpa para isto. Olho por olho, dente por dente, vida por vida, era a severa e inexorável Lei. Está expressamente escrito, “E não tomareis expiação pela vida do homicida que culpado está de morte: antes, certamente, morrerá.” (Nm 35:31, ARC, Pt)

Mesmo até nos em casos onde a vida era tirada acidentalmente ou por uma fatalidade, o assunto não era passado por alto. O assassino fugia imediatamente para a cidade de refúgio, onde, depois de ter o seu caso devidamente processado, ele tinha permissão para residir; mas não existia nenhuma segurança para ele em outro lugar até à morte do sumo-sacerdote. A Lei geral para todos os casos era, “Assim, não profanareis a terra em que estais; porque o sangue faz profanar a terra; e nenhuma expiação se fará pela terra por causa do sangue que se derramar nela, senão com o sangue daquele que o derramou. Não contaminareis, pois, a terra, na qual vós habitareis, no meio da qual eu habitarei: pois eu, o Senhor, habito no meio dos filhos de Israel.” (Nm 35:33-34, ARC, Pt)

Está claro, portanto, que aquele sangue sempre foi precioso aos olhos de Deus, e Ele também quer que o seja aos nossos.

Ora, se em casos comuns o tirar a vida é deste modo precioso, podereis imaginar o que está no coração de Deus, quando Ele diz, “Preciosa é, à vista do Senhor, a morte dos seus santos.” (Sl 116:15, ARC, Pt) Se a morte de um rebelde é preciosa[6], o que dizer da morte de um filho? Se Ele não contempla o derramar do sangue dos Seus próprios inimigos e daqueles que O ofenderam sem proclamar vingança, o que achais acerca do Seu próprio povo eleito, de quem Ele diz, “precioso será o seu sangue aos olhos dele”? (Sl 72:14, ARC, Pt) Ele não os vingará, ainda que demore a fazê-lo? Deve a taça que a meretriz de Roma encheu com o sangue dos santos, permanecer muito tempo inulto[7]? Não devem os mártires de Piedmont e dos Alpes, e do nosso Smithfield, e das colinas da contratual Escócia, ainda obter de Deus a vingança devida por tudo o que eles sofreram, e por todo o sangue que eles derramaram na defesa de Sua causa?

Eu tenho-vos trazido da besta[8] para o homem, e do homem para aos homens escolhidos de Deus, os mártires. Tenho outro passo[9] para revelar-vos: é o maior deles todos —é o do sangue de JESUS CRISTO. Aqui, os poderes expressivos da linguagem poderiam falhar em transmitir-vos a ideia da preciosidade! Eis aqui, uma Pessoa inocente, sem mancha ou defeito; uma Pessoa meritória, que magnificou a Lei e a fez honrada —uma Pessoa que serviu tanto a Deus como ao homem, mesmo até à morte. E não apenas isto, mas até temos aqui uma Pessoa divina —tão divina, que nos Atos dos Apóstolos Paulo chama o Seu sangue de “o sangue de Deus.” Coloca inocência, e mérito, e dignidade, e posição, e a própria Deidade, numa balança, e então concebe qual deva ser o valor inestimável do sangue derramado por Jesus Cristo. Os anjos devem ter visto aquele derramamento de sangue sem igual com admiração e com assombro, e até o próprio Deus viu o que nunca antes havia sido visto na criação ou na providência; Ele viu-se a Si mesmo muito mais gloriosamente revelado[10] do que o faz todo o universo.

Aproximemo-nos do versículo para tentar demonstrar a preciosidade do sangue de Cristo. Vamos limitar-nos a uma enumeração de algumas das muitas propriedades deste sangue precioso. Eu senti, enquanto estava estudando este assunto, que teria tantos itens esta manhã, que algum de vós comparariam o meu sermão aos ossos secos da visão de Ezequiel, —eles eram muitos e estavam realmente muito secos; mas tenho a esperança de que Espírito Santo de Deus descerá sobre os ossos do meu sermão, os quais, ainda que eles mesmos estejam secos, serão despertados, e cheios de vida, e vós podereis admirar o excessivamente grande exército de pensamentos de amor e benevolência[11] de Deus para com o Seu povo, expresso no sacrifício do Seu próprio amado Filho.

O precioso sangue de Cristo é útil ao povo de Deus de muitas maneiras: Nós pretendemos falar de doze delas. Afinal, a verdadeira preciosidade de uma coisa deve depender da sua utilidade em tempo de adversidade e juízo. Uma bolsa de pérolas seria para nós, esta manhã, muito mais preciosa do que um saco de pão; mas todos vós deveis ter ouvido a história do homem no deserto, quando quase a morrer, achou por acaso[12] uma bolsa, e abriu-a, esperançoso de que pudesse ser a mochila de algum viandante, e ele achou nela, nada, além de pérolas! Se elas fossem crostas de pão, quanto mais preciosas elas teriam sido para ele! Eu digo, na hora de necessidade e de perigo, a utilidade de uma coisa constitui a sua verdadeira preciosidade. Isto pode não estar de acordo com a política economia, mas está de acordo com o bom senso[13].

1. O sangue precioso de Cristo tem um PODER REDENTOR.

Ele redime da Lei. Todos nós estávamos debaixo da Lei, que diz, “Faz isto, e vive.” Nós éramos escravos dela: Cristo pagou o preço do resgate, e a Lei não é mais o nosso amo tirano. Nós estamos completamente livres dela. A Lei tinha uma maldição terrível; seja quem for que violar um dos seus preceitos, devia morrer: “Cristo nos resgatou da maldição da Lei, fazendo-se maldição por nós.” (Gl 3:13, ARC, Pt) Pelo temor desta maldição, a Lei infligia um contínuo pavor àqueles que estavam debaixo dela; eles sabiam que lhe tinham desobedecido, e permaneciam durante toda a sua vida debaixo da escravidão, temerosos de que a morte e a destruição caíssem sobre eles a qualquer momento: mas nós não estamos sob a Lei, mas sob a Graça, e consequentemente “não recebemos o espírito de escravidão, para outra vez estarmos em temor, mas recebemos o Espírito de adopção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. (Rm 8:15, ARC, Pt)

Agora, nós não temos medo da Lei; os seus piores trovões não nos podem atingir, porque eles não arremesssados contra nós! Os seus raios mais tremendos não nos podem tocar, porque nós estamos abrigados sob a cruz de Cristo, onde o trovão perde o seu terror e a raio a sua fúria. Agora nós lemos a Lei de Deus com prazer; nós vemo-la como a arca, coberta com o propiciatório, e não trovejando tempestuosamente do cume ardente do monte Sinai.

Feliz é aquele homem que sabe da sua completa redenção da Lei, da sua maldição, da sua penalidade, e do seu terror. Meus irmãos, a vida de um judeu, poderia ser considerada feliz se fosse comparada com a dos pagãos, porém, era a perfeita escravidão se comparada com a sua vida ou com a minha. Ele estava[14] restringido com[15] mil mandamentos e proibições, as suas normas e cerimónias eram abundantes, e os seus pormenores minuciosamente organizados. Ele estava sempre em perigo de se tornar ele próprio impuro. Se ele se sentasse numa cama ou num banco, poder-se-ia contaminar; se ele bebesse de um jarro térreo, ou até mesmo tocasse a parede de uma casa, onde, antes dele, um homem leproso pudesse ter posto a sua mão, e ele iria, deste modo, ficar contaminado[16].

Milhares de pecados por ignorância eram como outras tantas covas escondidas no seu caminho; ele devia viver perpetuamente com medo, para que ele não viesse a ser cortado do povo de Deus. Quando ele fazia o seu melhor no dia-a-dia, ele sabia que ainda não terminara; nenhum judeu podia considerar a sua obra terminada. O novilho fora oferecido, mas ele deveria trazer outro; o cordeiro era imolado esta manhã, mas outro deveria ser imolado hoje à noite, outro amanhã, e outro, no dia seguinte. A Páscoa é celebrada com ritos sagrados; isto devia ser mantido[17] da mesma maneira, no próximo ano. O sumo-sacerdote havia entrado além do véu uma vez, mas ele deveria entrar lá novamente; a coisa nunca estava terminada, está sempre começando. Ele nunca estava próximo de um fim. “A Lei nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.” (Hb 10:1, ARC, Pt)

Mas, veja a nossa posição: Nós somos redimidos destas coisas. A nossa Lei está cumprida, por Cristo ser o fim da Lei para a justiça; o nosso cordeiro pascal foi imolado, pois Jesus morreu; a nossa justiça está terminada, pois nós estamos completos nEle; a nossa vítima está morta, o nosso sacerdote entrou além do véu, o sangue foi aspergido; nós estamos limpos, e livres de qualquer medo de corrupção, “porque (Ele) aperfeiçoou para sempre os que são santificados.” (Hb 10:14 , ARC, Pt) Prezai este sangue precioso, meus amados, porque foi assim que Ele vos redimiu da servidão e do cativeiro que a Lei impôs aos seus sacerdotes[18].

2. O valor de sangue está principalmente na sua EXPIAÇÃO EFICAZ.

Nós somos informados em Levítico, que “é o sangue que fará expiação pela alma.” (Lv 17:11, ARC, Pt) Sob a Lei, Deus nunca perdoou o pecado à parte do sangue. Isto permaneceu como um versículo constante —”e sem derramamento de sangue não há remissão.” (Hb 9:22, ARC, Pt) Farinha e mel, especiarias doces e incenso, de nada valeriam sem o derramar de sangue. Não havia promessa de remissão baseada em esforço futuro ou profundo arrependimento; sem o derramamento de sangue o perdão nunca viria. O sangue, e somente o sangue, tirava o pecado e permitia ao homem chegar-se ao trono de Deus para O adorar, porque o sangue tornara-o um com Deus. O sangue é a grande ex-pi-a-ção. Não há nenhuma esperança de perdão para o pecado de qualquer homem, exceto que o seu castigo seja completamente suportado[19]. Deus deve punir o pecado. Não é uma disposição arbitrária que o pecado deva ser punido, mas é uma parte da própria constituição moral do governo que o pecado deve ser punido. Deus nunca Se desviou disto, e nunca se desviará. “ ‘Ele’ de maneira alguma terá por inocente o culpado[20].” (Ex 34:7, PJFA)

Cristo, por essa razão, veio e foi castigado no lugar e proveito de todo o Seu povo. Incontáveis são as almas pelas quais Jesus derramou o Seu sangue. Ele fez uma expiação completa pelos pecados de todos os eleitos. Por cada homem nascido de Adão, que tem crido ou que irá crer nisto, ou que é levado para a glória antes de ser capaz de crer, Cristo fez uma expiação perfeita; e não há nenhum outro plano pelo qual os pecadores possam ser feitos um com Deus, exceto pelo precioso sangue de Jesus. Eu posso fazer sacrifícios; eu posso mortificar o meu corpo; eu posso ser batizado; eu posso receber sacramentos; eu posso orar até que os meus joelhos se endureçam com o ajoelhar; eu posso ler palavras devotas até que eu as saiba de cor; eu posso celebrar missas; eu posso adorar numa língua ou em cinquenta línguas; mas eu nunca posso ser um com Deus, exceto pelo sangue; e por aquele sangue, “o sangue precioso de Cristo.”

Meus amigos queridos, muitos de vós já tendes sentido o poder redentor do sangue de Cristo; não estais mais sob a Lei agora, mas debaixo da Graça: vós também tendes sentido o poder expiatório do sangue; sabeis que tendes sido reconciliados com Deus pela morte do Seu Filho; tendes consciência de que Ele não é um Deus irado convosco, que Ele ama-vos com um amor imutável; mas este não é o caso de todos vós, aqui. Que assim fosse! Eu oro para que vós possais conhecer, neste dia, o poder expiatório do sangue de Jesus. Criatura, não desejarias tu estares identificado com o teu Criador? Homem fraco[21], não desejarias tu ter o Deus Todo-poderoso para ser teu amigo? Tu não podes estar de bem[22] com Deus exceto através da ex-pi-a-ção. Deus apresentou Cristo para ser a propiciação pelos nossos pecados. Oh, recebei a propiciação pela fé no Seu sangue, e sede um com Deus.

3. Em terceiro lugar, o sangue precioso de Jesus Cristo tem PODER PURIFICADOR.

João diz-nos na sua primeira Epístola, primeiro capítulo, sétimo versículo, “o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo o pecado.” A consequência direta do pecado é a contaminação do pecador, daí a necessidade da purificação. Suponha que Deus, o Santo, estava perfeitamente disposto a ser reconciliado com o malvado pecador[23], o que não poderia ser suposto, ainda que os olhos do Altíssimo se fechassem para o pecado, mesmo assim, enquanto continuarmos impuros, nunca poderemos sentir em nossos corações algo como alegria, descanso e paz. O pecado é uma praga para o homem que o comete, e uma coisa odiosa para Deus que o aborrece. Eu preciso ser purificado, preciso ser lavado das minhas iniquidades, ou nunca poderei ser feliz. A primeira misericórdia mencionada no Salmo 103 é: “...que perdoa todas as tuas iniquidades” (v.3).

Agora sabemos que é pelo precioso sangue que o pecado é purificado. Homicídio, adultério, roubo, seja qual for o pecado, há poder nas veias de Cristo para tirá-lo de uma vez e para sempre. Não importa quantas sejam, ou quão enraizadas as nossas ofensas possam estar, o sangue clama, “ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã” (Is 1:18, ARC, Pt). Este é o cântico do Céu, —“Temos lavado as nossas vestes no sangue do cordeiro e temo-las tornado brancas.” Esta é a experiência na Terra, pois jamais ninguém foi limpo exceto nesta fonte, aberta para a casa de David para o pecado e para a impureza.

Tendes ouvido isto tão frequentemente que talvez não vos interessaríeis, ainda que um anjo vos revelasse o mesmo, a não ser que por experiência própria tivesses conhecido o horror da impureza e a bênção de terdes sido purificados. Amados, este é um pensamento que devia fazer pular os nossos corações dentro de nós, que através do sangue de Jesus nenhuma mancha, ruga ou algo parecido, foi deixado sobre qualquer crente. Oh sangue precioso, removendo as manchas infernais de abundante iniquidade, e permitindo-me ser aceite no Amado, não obstante, as muitas maneiras pelas quais me rebelei contra o meu Deus!

4. Outra virtude do sangue de Cristo é seu PODER DE PRESERVAÇÃO.

Compreendereis isto melhor ao vos lembrardes da terrível noite no Egito, quando o anjo da destruição estava do lado de fora para destruir os inimigos de Deus. Um grito amargo subiu de cada casa, quando os primogénitos de todo o Egito, desde o trono do Faraó até ao primogénito da mulher que lidava com o moinho e do escravo no calabouço, caíram mortos num momento. O anjo veloz percorreu com asas silenciosas cada rua das muitas cidades do Egito; mas havia algumas casas nas quais ele não podia entrar. Ele embainhou a sua espada e não feriu ninguém ali. O que preservou aquelas casas? Os seus moradores não eram melhores do que os outros, as suas habitações não eram mais elegantes, não havia nada ali, exceto a mancha de sangue no lintel[24] e nos dois umbrais da porta, onde estava escrito: “Vendo eu sangue, passarei por cima de vós” (Ex 12:13, ARC, Pt).

Nada havia ali que pudesse ter ganho o livramento[25] para Israel, senão o aspergir do sangue. O chefe da família havia tomado um cordeiro e o sacrificara, recolhendo o sangue numa bacia, e enquanto se assava o cordeiro para ser comido por todos os moradores da casa, ele tomava um molho de hissopo, molhava-o na bacia de sangue e ia para o lado de fora com seus filhos e começava a tingir[26] os umbrais da porta e a verga, e logo que isto era feito todos estavam seguros, bem seguros; nenhum anjo poderia tocá-los, nem os próprios demónios do Inferno poder-se-iam aventurar por lá.

Amados, vede, nós somos preservados em Cristo Jesus. Não viu Deus o sangue antes que vós e eu o tivéssemos visto, e não foi por esta razão que Ele separou as nossas vidas arruinadas quando como figueiras secas não produzíamos frutos para Ele? Lembremo-nos de que, quando vimos o sangue, não fomos salvos porque o vimos; a visão do sangue trouxe-nos paz, mas foi o facto de Deus o ter visto primeiro que nos salvou. “Vendo eu sangue, passarei por cima de vós.” E hoje, se os meus olhos da fé forem obscurecidos, e me for difícil ver o precioso sangue ou mesmo regozijar-me por ter sido lavado nele, ainda assim Deus pode ver o sangue, e enquanto a visão clara de Deus contempla o sacrifício expiatório do Senhor Jesus, Ele não pode destruir ou castigar nenhuma vida que esteja coberta com este manto escarlate.

Oh, quão precioso é este escudo de sangue vermelho! A minha alma, curva-se sob ele quando os dardos do Inferno estão sendo lançados: Isto é o carro triunfal. Esta é a cobertura que é feita de púrpura; deixa vir a tempestade e o dilúvio levantar-se, deixa até mesmo o granizo abrasador descer, debaixo deste pavilhão carmesim, a minha alma pode descansar segura, pois, o que poderá tocar-me, quando eu estou coberto com o Seu precioso sangue?

Permite-me, amigo, pedir-te que venhas para debaixo do abrigo da cruz. Senta-te, agora, à sombra da cruz e sente “eu estou seguro, estou seguro, oh, sim demónios do Inferno, oh, sim anjos de Deus —eu posso desafiá-los a todos, e indagar— Quem me poderá separar do amor de Deus em Cristo Jesus, ou quem irá acusar-me, visto que Cristo morreu por mim”? Quando o Céu estiver em chamas, quando a Terra começar a tremer, quando as montanhas tremerem e Deus separar o justo do ímpio, felizes serão aqueles que encontraram abrigo debaixo do sangue. Mas onde estarás tu, que nunca confiaste no poder purificador do sangue? Clamarás às rochas que te escondam e às montanhas que te cubram, porém, tudo será em vão. Ou Deus te ajuda agora, ou, nem mesmo o sangue te poderá ajudar, naquele dia.

5. Quinto, o sangue de Cristo é precioso por causa de seu APELO PREDOMINANTE.

Paulo diz no décimo segundo capítulo da sua Epístola aos Hebreus, no vigésimo quarto versículo, “fala melhor do que o de Abel” O sangue de Abel pleiteou[27] e prevaleceu; o seu grito era “Vingança” e Caim foi punido. O sangue de Jesus pleiteia e prevalece; o seu grito é “Pai, perdoa-lhes!” e os pecadores são perdoados por causa dele[28]. Quando eu não posso orar como deveria, quão doce é lembrar-me de que o sangue ora! Não há voz na minha língua, mas há sempre uma voz no sangue. Quando me curvo diante do meu Deus e não posso ir além de dizer: “Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador”, ainda assim o meu Advogado diante do trono não está mudo, embora eu o esteja, e o Seu apelo não perde poder pelo facto da minha fé no mesmo ter diminuído.

O sangue, semelhantemente, prevalece sempre com Deus. As feridas de Jesus são as muitas bocas para apelar a Deus a favor dos pecadores— e eu até posso dizer que elas são as muitas cadeias[29] com as quais o amor é levado cativo e a soberana misericórdia é obrigada a abençoar todos os filhos agraciados. E se eu disser que as feridas de Jesus se tornaram doadoras da graça, através da qual, o amor divino vem para o mais vil dos homens, e portas, através das quais os nossos desejos sobem para Deus e Lhe suplicam, de modo que, Ele Se apraz em atendê-los — estou dizendo demais? Na próxima ocasião em que não puderdes orar, quando estiverdes chorando, gemendo, ou lutando no vosso quarto de oração[30], louvai o valor do precioso sangue que intercede por vós diante do trono eterno.

6. O sangue é precioso por causa da sua INFLUÊNCIA COMOVEDORA no coração humano. “E olharão para mim, a quem traspassaram; e o prantearão, como quem pranteia por um unigénito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogénito.” (Zc 12:10 ARC, Pt1995) Há uma grande lamentação entre os pecadores quando são meio despertados e sentem os seus corações tão endurecidos. O sangue comove profundamente. Os antigos alquimistas procuraram um solvente universal: esse é o sangue de Jesus. Não há natureza, por mais obstinada que seja, que diante da visão do amor de Deus em Cristo Jesus não possa ser amolecida, se a graça lhe abrir os olhos para ver a Cristo. O empedernido coração humano derrete-se, quando ele é mergulhado no sangue divino. Será que não concordaríeis, caros amigos, que Toplady[31] estava certo quando disse no seu hino:

“Lei e terrores apenas endurecem
Enquanto operam sozinhos,
Mas um senso de perdão comprado pelo sangue
Logo dissolve o empedernido coração.”

Pecadores, se Deus vos levar, nesta manhã[32], a crer em Cristo para salvar-vos, se vós confiardes as vossas almas nas Suas mãos para serdes salvos, esses duros coração de pedra derreter-se-ão de uma vez. Pensaríeis de modo diferente a respeito do pecado, meus amigos, se soubesseis o que Cristo sofreu por causa dele. Oh, se soubésseis que por trás daqueles queridos olhos estava o coração amoroso de Jesus olhando para vós, eu sei que diríeis: “Eu odeio o pecado que O fez prantear, e O pregou naquela maldita cruz.” Eu não creio que a pregação da Lei possa amolecer o coração do homem. Se o golpeássemos com um martelo poderíamos juntar ainda mais as suas partículas, e tornar o ferro ainda mais duro: mas, oh, pregar o amor de Cristo! —O Seu grande amor com que nos amou, mesmo estando nós mortos nos nossos pecados, e dizer aos pecadores que há vida em olhar para o Crucificado— de facto, isso irá provar que Cristo foi exaltado para dar arrependimento e remissão dos pecados. Vinde para o arrependimento, se não puderdes vir arrependidos. Vinde para receberdes um coração compungido, se não puderdes vir com corações compungidos. Vinde para serdes enternecidos[33], se ainda não o estais. Vinde para serdes feridos, se não o estiverdes.

7. O mesmo sangue que comove tem um AFÁVEL PODER DE PACIFICAR.

John Bunyan[34] fala da Lei como vindo para varrer o quarto semelhantemente a uma criada com uma vassoura; e quando ela começa a varrer, levanta uma grande poeira que quase sufoca as pessoas, além de entrar nos seus olhos; mas depois, vem o Evangelho com as suas gotas de água e assenta a poeira, e então a vassoura pode ser usada de modo muito melhor. Ora, às vezes acontece que a Lei de Deus levanta tal poeira na alma do pecador que nada além do precioso sangue de Cristo pode fazer tal poeira assentar. O pecador é inquietado de tal maneira que nada pode trazer-lhe qualquer alívio senão o conhecimento de que Jesus morreu por ele.

Quando senti o fardo do meu pecado, eu confesso que todas as pregações que ouvi não me deram sequer um átomo de consolo. Fui instruído para fazer isto e mais aquilo, e quando fiz o que me aconselharam eu não tinha avançado uma polegada[35]. Eu pensei que deveria sentir alguma coisa, ou fazer algumas orações; e quando o fazia, a carga ficava ainda mais pesada. Mas, no momento em que percebi que não havia absolutamente nada para eu fazer que Jesus já não o tivesse feito há muitos anos atrás, que todos os meus pecados foram colocados sobre os Seus ombros e que Ele sofreu tudo o que eu deveria ter sofrido, então o meu coração teve paz com Deus, paz por crer, paz através do precioso sangue.

Dois soldados estavam de serviço na cidadela de Gibraltar, e um deles tinha recebido paz através do precioso sangue de Cristo; o outro estava em grande aflição mental. Aconteceu estarem de guarda, os dois, de sentinela na mesma noite; e havia grandes fendas nas rochas que foram adaptadas para transmitir a voz a grande distância. O soldado deprimido mentalmente estava quase a desesperar; ele sentia que se havia rebelado contra Deus e não sabia como ser reconciliado com Ele, quando subitamente ouviu o que lhe parecia uma voz vinda do Céu, dizendo estas palavras: “O precioso sangue de Cristo.” Num instante ele entendeu tudo: foi isto que nos reconciliou com Deus, e então ele regozijou-se com alegria indizível e cheio de glória.

Pergunto: aquelas palavras vieram diretamente de Deus? Não. Elas vieram, quanto ao efeito que produziram, do Espírito Santo. Quem havia dito aquelas palavras? Curiosamente, a outra sentinela do outro lado da fenda estava parada e meditando, quando um oficial se aproximou e pediu-lhe que dissesse a senha da noite, e com a prontidão de um soldado ele o fez, mas não corretamente, pois, estando tão absorto na sua meditação, que ao invés de dizer a senha combinada, ele disse ao oficial: “O precioso sangue de Cristo.” Imediatamente ele se corrigiu, no entanto as suas palavras foram soando através da fenda e alcançaram os ouvidos para os quais Deus as destinara, e o homem encontrou a paz e viveu a sua vida no temor de Deus, sendo nos anos seguintes o instrumento usado por Deus para completar uma das nossas excelentes traduções da Bíblia na língua hindu.

Quem pode dizer, queridos amigos, quanta paz vós podeis transmitir, somente em contar a história do nosso Salvador. Se eu soubesse que iria morrer e tivesse tempo para dizer apenas algumas palavras eu diria: “Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (1Tm 1:15, ARC, Pt). A doutrina da substituição é a essência e a força do Evangelho, e se vós puderdes pregar isto provareis o valor do precioso sangue e o seu poder em dar paz.

8. Podemos tomar apenas um minuto agora para falar sobre a INFLUÊNCIA SANTIFICADORA do sangue.

O autor de Hebreus diz-nos no capítulo nove, versículo catorze, que Cristo santificou o povo pelo Seu próprio sangue. Certamente que sim, o mesmo sangue que justifica, retirando o pecado, age subsequentemente sobre a nova natureza e leva para adiante o Cristão para subjugar o pecado e seguir os mandamentos de Deus. Não há motivo tão grande para a santidade quanto aquele que flui da pessoa de Jesus. Se quereis saber porque deveis ser obedientes à vontade de Deus, meus irmãos, ide e olhai para Aquele que suou grandes gotas de sangue, e o amor de Cristo vos constrangerá, e assim julgareis, “Que, se um morreu por todos, logo todos morreram. E Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (2Co 5:14-15 , ARC, Pt)

9. Ainda outra magnífica virtude do sangue de Jesus é o seu PODER DE DAR ENTRADA.

Somos informados de que o sumo-sacerdote nunca entrou além do véu sem sangue; e de facto nós nunca poderemos entrar no coração de Deus, nem no segredo do Senhor, que está com aqueles que O temem, nem em qualquer relação familiar com nosso grande Pai e amigo, exceto pelo aspergir do precioso sangue de Jesus. “Temos acesso com confiança na Sua graça”, mas nunca ousaremos dar um passo em direção a Deus, exceto se aspergidos com este precioso sangue. Estou persuadido de que alguns de nós não nos aproximamos de Deus porque nos esquecemos do sangue. Se tentardes ter um relacionamento com Deus, baseado nos vossos próprios méritos, nas vossas experiências, nas vossas crenças, falhareis; porém se tentardes aproximar-vos de Deus estando em Jesus Cristo, tereis êxito ao fazê-lo, e por outro lado, Deus irá ao vosso encontro quando Ele vos vir na presença do Seu Ungido. Oh, para podermos estar junto de Deus! Mas não há proximidade de Deus, exceto quando estamos próximos da Cruz. Louvai o sangue, então, pelo poder que ele tem de vos aproximar de Deus.

10. O sangue é realmente precioso pelo seu PODER CONFIRMADOR.

Sabemos que jamais testamento algum foi válido sem as que vítimas tenham sido imoladas e o sangue aspergido; e é o sangue de Jesus que ratifica a Nova Aliança, tornando as suas promessas certas para todos os salvos. Daí ser chamado de “o sangue da aliança eterna.” O apóstolo muda a figura e diz que o testamento não tem força exceto quando o testador morre. O sangue é a prova de que o testador morreu, e agora a Lei distribui os bens a cada herdeiro; porque Jesus Cristo assinou isso, com o Seu próprio sangue coagulado. Amados, regozijemo-nos em que as promessas são o sim e o ámen, por nenhuma outra razão além desta, porque Cristo Jesus morreu e ressuscitou. Se não tivesse acontecido o curvar a cabeça na cruz, o dormir no sepulcro, o levantar do túmulo, então as promessas seriam incertas, falsas, e não imutáveis pelas quais “é impossível que Deus minta” e consequentemente nunca propiciaria grande consolação àqueles que fogem para se refugiarem em Cristo Jesus. Considerai como é precioso o poder confirmador do sangue de Jesus.

11. Já estou terminando; mas resta outra virtude, é a décima primeira, e é O PODER TONIFICANTE[36] do sangue precioso.

Se vós quereis conhecer este poder, deveis vê-lo manifestado, como nós geralmente fazemos, quando cobrimos a mesa com a toalha branca e colocamos sobre ela o pão e o vinho. O que significa para nós esta ordenança? Significa que Cristo sofreu por nós e que já tendo nós sido lavados no Seu precioso sangue, e assim limpos, vimos à mesa para tomar o vinho como um símbolo da maneira pela qual vivemos e nos alimentamos do Seu corpo e de Seu sangue. Ele diz-nos “... se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.” (Jo 6:53, ARC, Pt). Nós, portanto, de um modo espiritual, bebemos o Seu sangue, e Ele diz: “O meu sangue é verdadeira bebida.” Bebida superior! Bebida transcendente! Bebida fortalecedora? Aquela que os anjos nunca provarão —se bem que eles bebam diante do trono eterno.

Oh, amados, quando os vossos espíritos desfalecerem, esse vinho confortar-vos-á; quando as vossas tristezas forem muitas, bebei e esquecei as vossas misérias, e não vos lembreis mais dos vossos sofrimentos. Quando estiverdes muito fracos e abatidos, por amor da vossa alma, não bebais somente um pouco, mas bebei bastante para vos satisfazerdes do vinho bem amadurecido, o qual fluiu do próprio coração de Cristo. “Bebei abundantemente, oh amados” diz Cristo à esposa; e não vos demoreis quando Ele vos convida. Vede: o sangue tem poder para limpar exteriormente como também tem poder para fortalecer interiormente. Oh, precioso sangue, quantas são as tuas virtudes! Possa eu prová-las todas!

12. Finalmente, e décimo segundo —doze é o número de perfeição. Nós destacamos um número perfeito nos seus usos— o sangue tem PODER VENCEDOR.

Está escrito no Apocalipse: “E eles venceram, pelo sangue do cordeiro” (Ap 12:11, ARC, Pt). Como poderia ser de outra maneira? Aquele que luta com o precioso sangue de Jesus fá-lo com uma arma que atravessará a alma e o espírito, as juntas e as medulas, uma arma que faz o Inferno tremer, e torna os Céus submissos, e a Terra obedientes à vontade do homem que pode empunhá-la. O sangue de Jesus! O pecado morre na sua presença, a morte deixa de ser morte e o próprio Inferno seria drenado, ressequido, se este sangue pudesse operar lá. O sangue de Jesus! As portas do Céu são abertas, barras de ferro são repelidas. O sangue de Jesus! As minhas dúvidas e temores fogem, os meus problemas e desastres desaparecem. O sangue de Jesus! Não irei eu conquistando e a conquistar enquanto puder reivindicar isso! No Céu esta será a jóia escolhida que brilhará sobre a cabeça de Jesus —que Ele dá ao Seu povo. “Vitória, vitória, através do sangue do Cordeiro!”

E agora, poderemos usufruir deste sangue? Pode ser alcançado? Sim, é gratuito, assim como cheio de virtudes, —gratuito para toda a alma que crê! Qualquer pessoa que quiser vir e crer em Jesus encontrará a virtude deste sangue na sua vida, nesta manhã[37]. Afastai-vos dos próprios feitos e actos[38]. Voltai os vossos olhos para a completa expiação que foi feita, ao maior resgate já pago; e se Deus te capacitar, pobre pecador[39], a dizeres nesta manhã: “eu tomo este precioso sangue para ser minha única esperança” tu serás salvo, e poderás cantar connosco:

“Agora liberto do pecado, caminho livremente;
O sangue do Salvador é o meu completo resgate,
Aos Seus queridos pés, a minha alma repousa,
Um pecador salvo, homenagem Lhe presta.”

Que Deus conceda que assim seja, por amor de Seu nome. Ámen.



[1] Hedge (lit.) vedar; restringir, limitar; resguardar(-se), minimizar o risco.
[2] Fountain (lit.) fonte
[3] Thus (lit.) adv. assim; deste modo, desta maneira; por conseguinte, nestas condições, nestes termos;  portanto; até aqui, até este ponto.
[4] Things strangled (Lit.) Os animais sufocados
[5] Were to be considered (Lit.) deviam ser considerados
[6] Precious (lit.) adj precioso: a) valioso, de alto preço. b) de estimação, querido. c) afetado, presumido.
[7] Inulto adj. não vingado; que não tirou desforra. (Do lat. inultu-, «id.»)
[8] Beast (lit.) n 1 besta animal (esp. quadrúpede); pessoa cruel, bruto; 3 natureza ao instinto animal no homem; gado; Coloq. coisa abominável ou desagradável. (animal)
[9] Step (lit.) n passo; distância de um passo; pequena distância, pulo; andar, pisada; marcha; degrau; som de passos; rasto, pegada; acção, medida; grau, incremento; Fig. exemplo, trilha. //
[10] Display (lit.) vt 1 exibir, desenvolver, mostrar, expor, manifestar, patentear; revelar, desdobrar, descobrir;3 ostentar, mostrar pompa.
[11] loving-kindness (lit.) n bondade.
[12] Topou
[13] Senso comum
[14] Estava cercado
[15] Por
[16] Contaminado, impuro, poluído,...
[17] Repetido
[18] Votary (lit.) - n. sacerdote, devoto; partidário, defensor, sequaz; entusiasta, cultor.
[19] Sofrido
[20] Ou “Que ao culpado ‘Ele’ não tem por inocente.”(Ex 34:7, ARC, Pt)
[21] Puny (lit.) adj. fraco, débil, franzino; pequeno, insignificante.
[22] Ser um com Deus
[23] Suppose that God the Holy One were perfectly willing to be at one with an unholy sinner (lit.) Suponha que Deus, o Santo, quisesse ser reconciliado com o pecador. (outra possível tradução)
[24] Lintel (lit.) lintel; dintel; verga; someiro; padieira.
[25] Passover (lit.) páscoa
[26] Strike (lit.)
[27] Pleaded (lit) plead tr. & intr. v. pleitear, litigiar; defender na qualidade de advogado; responder à acusação; advogar; pugnar por, argumentar a favor de;  alegar razões; pretextar, apresentar como desculpa, invocar;  rogar, suplicar, pedir.
[28] And sinners are forgiven through it.(lit.) o sangue
[29] Chains (lit) cadeia; corrente; grilhões
[30] Upper room (superior; de cima; mais elevado, mais alto)
[31] Augustus Montague Toplady (4 de novembro de 1740 – 11 de agosto de 1778)
[32] This morning (lit.)
[33] Melted (lit)
[34] (28 de novembro de 1628 – 31 de agosto de 1688)
[35] Polegada (= 25,4 mm)
[36] Invigorating (lit) adj. tonificante, fortificante; vivificante; revigorante, tónico.
[37] In his case this very morning (lit.)
[38] Works and doings (lit.)
[39] Poor soul (lit.)


Notas e Tradução de Carlos António da Rocha

****

Esta tradução é de livre utilização, desde que a sua ortografia seja respeitada na íntegra porque já está traduzida no Português do Novo Acordo Ortográfico e que não seja nunca publicada nem utilizada para fins comerciais; seja utilizada exclusivamente para uso e desfruto pessoal.

Sem comentários: