… Mas o melhor de tudo é crer em Cristo! Luís Vaz de Camões (c. 1524 — 1580)

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Uma história de Kierkegaard



Uma história de Kierkegaard
Søren Kierkegaard
“Certa vez, houve um incêndio num circo ambulante na Dinamarca. O director mandou imediatamente o palhaço, que já se encontrava vestido e maquilhado a preceito, para a vila mais próxima, à procura de ajuda, advertindo-o de que existia o perigo de o fogo se espalhar pelos campos ceifados e ressequidos, um risco iminente para as casas do próprio povoado. O palhaço correu até à vila e pediu aos moradores que viessem ajudar a apagar o incêndio que estava a destruir o circo. Mas os habitantes viram nos gritos do palhaço apenas um belo truque de publicidade que visaria levá-los a acorrer em grande número às sessões do circo; aplaudiam e desatavam a rir. Diante dessa reacção, o palhaço sentiu mais vontade de chorar do que de rir. Fez de tudo para convencer as pessoas de que não estava a representar, de que não se tratava de um truque e sim de um apelo da maior seriedade: estava realmente em causa um incêndio. Mas a sua insistência só fazia aumentar os risos; eles achavam que a performance estava excelente – até que o fogo alcançou de facto aquela vila. Aí já foi tarde, e o fogo acabou por destruir não só o circo, mas também a povoação.”


A história é de Soren Kierkegaard (1813-1855). A versão é de Joseph Ratzinger

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