… Mas o melhor de tudo é crer em Cristo! Luís Vaz de Camões (c. 1524 — 1580)

segunda-feira, 1 de maio de 2017

“Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos.” (Rm 6:8



“Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos.” (Rm 6:8)

    Veja, desta maneira, Paulo relaciona a vida dos cristãos neste mundo com a morte de Cristo e os apresenta como pessoas que já morreram e estão sepultadas num caixão, ou seja, morreram para o pecado e não têm mais nada a ver com ele. E isso significa que o pecado morreu para eles e eles, por sua vez, morreram para o pecado, pois não andam mais nos caminhos pecaminosos do mundo. Na verdade, morreram duas vezes ou de duas maneiras. Uma é a morte espiritual para o pecado. Este é um morrer gracioso, consolador e bem-aventurado (embora seja dolorido e amargo para a carne e sangue). Esta morte é doce e amável, pois traz-nos nada mais e nada menos do que a celeste, pura e perfeita vida eterna. A outra é corporal; que não é morte, e sim, muito mais um puro e suave sono imposto a esta carne porque, enquanto vivermos neste mundo, ela não cessa de resistir ao Espírito e à vida que ele dá.

    É assim que a carne age enquanto vive neste mundo: expande-se e traz o pecado de arrasto; resiste e não quer morrer. Razão por que, no final, Deus tem de executá-la, para que também morra para o pecado. Também esta é uma morte tranquila e suave; na verdade, outra coisa não é senão um sono. Pois o corpo não ficará na morte (porque a alma e o espírito já não estão mais na morte), mas no dia do juízo reaparecerá, limpo e purificado, e se reunirá ao espírito, para ser um corpo puro, obediente, livre de todo pecado e de mau desejo.

Martinho Lutero

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