“Tu,
menino, serás chamado profeta do Altíssimo.” (Lc
1:76)
Cristo deveria
nascer em toda a simplicidade e singeleza, sem aparato e pompa, tão importantes
para corações carnais. Viria salvar o mundo por meio de palavras e sinais, e
não por meio de mosquetões, espada ou violência física. Por isso, depois de
Moisés, dos profetas e de todos os sacerdotes e levitas, Deus enviou, não um
anjo, mas um homem de nome João. Este, na verdade, foi mais do que um profeta
(como Cristo testemunha a seu respeito). João foi adiante do Senhor, para bater
às portas e acordar os judeus, testemunhar a respeito do Senhor e dizer: abram
portões e portas, pois aí vem o Salvador tão esperado por vocês. Acordem,
vejam: a nova luz que estava com Deus desde sempre e que era Deus eterno e
agora tornou-se homem, esta luz está presente entre nós. Não a deixem passar
despercebida.
Inclusive o seu
nome é maravilhoso: João – rico em graça. Ele não haveria de ser chamado por um
nome qualquer, como as outras pessoas. Teria que levar um nome tal que
expressasse a mensagem que trazia, como, aliás, acontece com todos os nomes que
Deus provê e põe em pessoas. Assim também o Seu amado Filho não se chamou Jesus
por acaso, pois salvaria o povo dos seus pecados. Do mesmo modo, também João
não leva seu nome por causa da sua pessoa, mas por causa do seu cargo e
testemunho.
Martinho Lutero
In Meditações de Lutero, Castelo Forte - 1983
Sem comentários:
Enviar um comentário