… Mas o melhor de tudo é crer em Cristo! Luís Vaz de Camões (c. 1524 — 1580)

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

“Pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo.” (2Co 6:10)



“Pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo.” (2Co 6:10)

     Cada cristão é uma pessoa que, a exemplo do próprio Senhor Jesus Cristo, quando esteve na Terra, realiza coisas grandiosas. Assim, em se tratando de coisas divinas, pode governar o mundo inteiro, servir e ajudar a todos e fazer as maiores obras que se podem realizar sobre a face da Terra. Pois, também diante de Deus, ele vale mais do que o mundo inteiro, assim que, por sua causa, Deus dá e preserva tudo que há no mundo. De tal sorte que, se não houvesse cristãos no mundo, cidade ou país algum, teria paz; sim, num só dia, tudo o que o que há no mundo seria destruído pelo diabo. O facto de o milho ainda estar crescendo nos campos e as pessoas recuperarem a saúde, terem o seu sustento, paz e proteção, tudo isso deveriam agradecer aos cristãos.

     Somos, é bem verdade, pobres mendigos, e mesmo assim, enriquecemos a muitos. Somos aqueles que nada têm, mas tudo possuem. Também é verdade que tudo o que os reis, príncipes, senhores, cidadãos ou camponeses do mundo têm, tudo se deve, não aos seus cabelos loiros, mas a Cristo e a Seus cristãos.

     Os cristãos têm o Evangelho, o batismo e o sacramento (do altar), por meio dos quais as pessoas são convertidas, almas são libertadas do domínio do diabo, arrancadas do inferno e da morte, e conduzidas ao Céu. Com esses meios, também se consola, fortalece e sustenta a consciência que sente a sua miséria, está aflita e é acossada pela tentação. Os cristãos podem, igualmente, ensinar, instruir e aconselhar pessoas que se encontram nos mais diferentes estados da vida, como devem viver uma vida cristã e santa cada um em sua situação.

     Essas são obras que nenhum rei ou imperador, poderoso ou rico, letrado ou sábio deste mundo pode realizar, muito menos adquirir. Pois nenhum deles é capaz de consolar ou reanimar uma só consciência oprimida e atribulada pelo pecado.

Martinho Lutero

In Meditações de Lutero, Castelo Forte - 1983


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