… Mas o melhor de tudo é crer em Cristo! Luís Vaz de Camões (c. 1524 — 1580)

segunda-feira, 18 de abril de 2016

“Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador”



Gregório de Narek

“Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador”

“Os doutores da Lei e os fariseus começaram a pressioná-Lo fortemente com perguntas”

Mau grado o temor tingido de alegria,

quero agora aqui contar um pouco dos tormentos

que Tu, meu Deus e de todos, sofreste por mim.



De pé no tribunal dos homens, a quem criaste,

Numa natureza que era também a minha,

Não proferiste uma palavra, Tu que a permites,

Não elevaste a voz, Tu que criaste as línguas,

Não soltaste um grito, Tu por quem a terra existe, […]

Não abandonaste à sua sorte quem Te abandonou ao Teu martírio,

Não ofereceste resistência a quem Te atava,

Nem Te indignaste contra quem Te esbofeteava.

Não injuriaste quem Te cuspia na cara,

Nem estremeceste perante quem Te agredia,

Não Te enfureceste contra quem de Ti escarnecia,

Nem alteraste o semblante a quem Te condenava. […]



Longe de Te darem um momento de descanso, a Ti, fonte da vida,

Depressa Te puseram às costas, para a levares, a cruz do suplício,

Que recebeste com magnanimidade,

Tomaste com doçura,

Soergueste com paciência,

E, como um culpado,

Te encarregaste dela, da cruz das dores!

Gregório de Narek (c. 944-c. 1010),monge e poeta arménio

Livro de Orações, nº 77

Fonte: Evangelho Cotidiano

http://ecclesia.com.br/biblioteca/sophia/?p=3941

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