… Mas o melhor de tudo é crer em Cristo! Luís Vaz de Camões (c. 1524 — 1580)

sábado, 29 de abril de 2017

Porções para Peregrinos
MEDITAÇÕES PARA O DIA DE REPOUSO
Selecionado dos escritos, hinos, cartas, etc., 
de 
Porções para Peregrinos
MEDITAÇÕES PARA O DIA DE REPOUSO
Selecionado dos escritos, hinos, cartas, etc., 
de 
J. N. Darby
(18 de novembro de 1800 - 29 de abril de 1882)
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“Aqueles que Ele chama Seus—
Peregrinos em palcos onde Ele andou.”
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 Selecionado por H. G.


SEGUNDA SEMANA
A GRAÇA

O Deus de toda a graça.” (1Pe 5:10 ARC, Pt)
Repouso há na graça calmante

Que brota dos âmbitos celestes:

Que descanso em pensar que o Seu rosto havemos de ver,

Aquele que Seu amor nos deu a conhecer!



Oh!, quando chegará o coração do homem, ao menos em pensamento, à altura da graça e da paciência de Deus?



É o amor que há em Deus, não nenhum atrativo no pecador, o que explica a superabundante generosidade da sua aceitação em Cristo.



O que o homem natural entende por misericórdia não é … que Deus apague o pecado mediante o derramamento do sangue de Jesus, mas Ele esqueça o pecado com indiferença. Mas isto não é graça.



Não há dar na «província apartada», nem sequer se dão as alfarrobas. Satanás vende tudo, e muito caro—ao preço das nossas almas. Tudo se tem de comprar. O princípio do mundo é «ninguém dá nada de graça». … Queres encontrar alguém que dá realmente? Tens de ir a Deus.



A graça não tem limites, carece de ataduras. Sejamos o que sejamos (e não podemos ser pior do que o que somos), apesar disso, o que Deus é para nós é amor.





A Sua graça … é sempre surpreendente … e relaciona-se de tal maneira também com cada fibra e anelo dos nossos corações com o ato de Cristo de fazer-se homem, que nos leva a um lugar que ninguém pode conhecer se não estiver nEle. E, sem embargo, ninguém é nada ali, ainda que unido a Ele que é o tudo—e ser nada é estar num lugar de bênção.



A lei pode atormentar a consciência, mas a graça humilha.



«Sendo ainda pecadores, Cristo morreu por nós.» Vemos, simplesmente, duas coisas nisto—que o pecador carece de força, está sem riquezas. Como o mísero filho pródigo, desperdiçou tudo o que tinha, e agora volve a si, e está para voltar, e não tem nada para levar consigo. Como um marinheiro náufrago, tudo deitou pela amurada, tudo vai à deriva, e ele mesmo, debatendo-se nas escuras ondas, é atirado sobre a praia, esgotado e pobre, havendo perdido tudo! Mas, bendito seja Deus, se havemos chegado à praia, Deus está aí, e é por nós … e sabemos que não seremos rejeitados, e que podemos recorrer agora a todas as coisas que Deus pode dar. « Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes, o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?»



A forma como chego a sentir a enormidade do pecado é pela grandeza da graça que deu satisfação pelo pecado.



«Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça, pela sua benignidade para connosco em Cristo Jesus.» Esta é a maneira como os anjos aprenderão, junto com os principados e poderes nos lugares celestiais, o significado das «abundantes riquezas da sua graça». Eles verão o pobre ladrão, e a mulher da cidade que era pecadora, e também a nós, no mesmo lugar e glória que o Filho de Deus!



Deus te ensinará, no deserto,

Como é o Deus que tens conhecido;

Paciente em graça, poderoso em santidade,

Toda a Sua graça fará Ele abundar para contigo.


O elogio, «Bem está, servo bom e fiel», soa docemente aos ouvidos, e tanto mais para aquele que sabe que somente é pela Sua graça que podemos ser o primeiro e o segundo.

Título original: Pilgrim Portions - Meditations for the Day of Rest -Selected from the Writings, Hymns, Letters, etc., of J. N. Darby
http://www.sedin.org/porciones/p00.html

Tradução de Carlos António da Rocha


 de
Carlos António da Rocha

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