… Mas o melhor de tudo é crer em Cristo! Luís Vaz de Camões (c. 1524 — 1580)

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Faraday e a “Aposta de Pascal”



Faraday e a “Aposta de Pascal”

Num dos fragmentos da colectânea “Pensamentos”, o matemático, físico e filósofo francês Blaise Pascal (1623-1662) apresentou o que se conhece hoje como a aposta de Pascal. Trata-se de uma proposta de decisão, colocada na forma de uma aposta incontornável, isto é, da qual ninguém pode fugir. Esta aposta pode ser resumida da seguinte forma:

Como é que  alguém que escolhe ser Cristão pode perder? Se, ao morrer, constatar que Deus não existe e a sua fé foi em vão, não perdeu nada - pelo contrário, viveu uma vida com mais percepção de sentido e de esperança do que um descrente. Se, no entanto, há um Deus e um Céu e um Inferno, então ganhou o Céu, ao passo que um descrente perdeu tudo.

Com a sua aposta, Pascal não pretende provar a existência do Deus da Bíblia, como conjecturam alguns. Aliás, Pascal enfatiza num parágrafo introdutório de “Pensamentos”, que não se pode provar a existência de Deus pela razão. Noutro fragmento de “Pensamentos” ele explica que uma prova da existência de Deus precisa de ser relacional:

“Nós conhecemos Deus somente através de Jesus Cristo ... Todos que afirmam conhecer Deus, e provam-No sem Jesus Cristo, têm somente provas débeis. No coração de cada ser humano há um vazio dado por Deus, que somente Ele pode preencher através de Seu filho Jesus Cristo.”

Há os que criticam Pascal por desconsiderar a fé de outras religiões na aposta. Pascal fê-lo, presumivelmente porque no restante de “Pensamentos” (e noutras obras) examinou todas as alternativas e concluiu que, se alguma fé está correcta, é a fé cristã. Assim como Pascal, o físico e químico Michael Faraday (1791-1867) também escolheu ser Cristão. Referindo-se a Jesus, Faraday disse a uns  jornalistas durante uma entrevista: “Eu confio em certezas. Sei que meu Redentor vive, e porque Ele vive eu também viverei.” O testemunho de Faraday ilustra como a aposta de Pascal já em vida pode resultar em certeza, a certeza inabalável da fé.


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Fontes Utilizadas:
Vários “Sítios” e enciclopédias na Internet e ainda algumas obras em papel.
Respigado daqui e dali.

Carlos António da Rocha

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