Faraday e a “Aposta de Pascal”
Num dos fragmentos da colectânea “Pensamentos”, o matemático, físico e
filósofo francês Blaise Pascal (1623-1662) apresentou o que se conhece hoje como a
aposta de Pascal. Trata-se de uma proposta de decisão, colocada na forma de uma
aposta incontornável, isto é, da qual ninguém pode fugir. Esta aposta pode ser
resumida da seguinte forma:
Como é que alguém que escolhe ser Cristão pode perder?
Se, ao morrer, constatar que Deus não existe e a sua fé foi em vão, não perdeu
nada - pelo contrário, viveu uma vida com mais percepção de sentido e de esperança
do que um descrente. Se, no entanto, há um Deus e um Céu e um Inferno, então
ganhou o Céu, ao passo que um descrente perdeu tudo.
Com a sua aposta, Pascal não pretende provar a
existência do Deus da Bíblia, como conjecturam alguns. Aliás, Pascal enfatiza
num parágrafo introdutório de “Pensamentos”,
que não se pode provar a existência de Deus pela razão. Noutro fragmento de “Pensamentos” ele explica que uma prova
da existência de Deus precisa de ser relacional:
“Nós conhecemos Deus somente através de Jesus
Cristo ... Todos que afirmam conhecer Deus, e provam-No sem Jesus Cristo, têm
somente provas débeis. No coração de cada ser humano há um vazio dado por Deus,
que somente Ele pode preencher através de Seu filho Jesus Cristo.”
Há os que criticam Pascal por desconsiderar a fé
de outras religiões na aposta. Pascal fê-lo, presumivelmente porque no restante
de “Pensamentos” (e noutras obras)
examinou todas as alternativas e concluiu que, se alguma fé está correcta, é a
fé cristã. Assim como Pascal, o físico e químico Michael Faraday (1791-1867)
também escolheu ser Cristão. Referindo-se a Jesus, Faraday disse a uns jornalistas durante uma entrevista: “Eu confio
em certezas. Sei que meu Redentor vive, e porque Ele vive eu também viverei.” O
testemunho de Faraday ilustra como a aposta de Pascal já em vida pode resultar
em certeza, a certeza inabalável da fé.
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Fontes Utilizadas:
Vários “Sítios” e enciclopédias na Internet e ainda algumas obras em papel.
Respigado daqui e dali.
Carlos António da Rocha
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na íntegra porque já está escrito com o Português do Novo Acordo
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