José Fontoura
São dignos de morte
O carácter unilateral dos Direitos do Homem - como se só o homem tivesse direitos -, denuncia por si só o princípio da violação dos Direitos de Deus. Muito antes que a Carta das Nações Unidas definisse os direitos do homem, já Deus o tinha feito: “Amarás a teu próximo como a ti mesmo” (Mc 12:31). Meu próximo é o meu familiar, o meu vizinho, o que me serve e a quem eu sirvo, compro ou vendo, com quem convivo, viajo, estudo, e as sim por diante. Amá-lo, é reconhecer os seus direitos como legítimos e proceder para com ele em conformidade com isso.
Quanto
a direitos, porém, apenas referimos o último de uma lista que começa antes: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu
coração, de toda a tua alma, de
todo o teu entendimento e
de todas as tuas forças” (Mc 12:30).
Nesta
síntese bilateral Deus reivindica os Seus direitos e declara, a seguir, os do
homem em condições de reciprocidade, como quem diz: “Dou-te para que tu Me dês.
“ Os primeiros direitos pertencem justamente a Deus, como Criador e
Sustentador de tudo que é bom. Depois, os do homem que é o grande beneficiário.
Outra
máxima: “Dai a César o que é de César, e
a Deus o que é de Deus” (Mt 22:21). Distinga-se, portanto, entre o que cabe ao
homem e o que é devido exclusivamente a Deus. O seu a seu dono, a cada um o que
é seu. Que aconteceu afinal? “Mudaram a verdade de Deus em mentira; e honraram
e serviram a criatura em lugar do Criador, que é Bendito eternamente” (Rm 1:25).
Foi isto que eles fizeram. «Honraram e serviram
a criatura em lugar do Criado!». Existencialismo
e humanismo, juntos, penetraram em todas as áreas das atividades humanas com o
fermento que leveda toda a massa. Alienaram o conceito de Deus da mente do
homem e colocaram este no centro e acima de tudo. Ora, “como eles não se
importaram de ter conhecimento de Deus, Ele os abandonou às paixões infames. Até
as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. Semelhantemente,
também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua
sensualidade uns para com os outros, homem com homem, cometendo torpeza, e
recebendo em si mesmos a penalidade devida ao seu erro” (Rm 1: 29-27).
“Deus os abandonou”. Abandonou os
novos construtores da nova Torre de
Babel, porque eles O abandonaram
e retiraram do seu audacioso projecto de criar para o homem um paraíso na
Terra. Esse empreendimento,·tentado sem Deus, está a redundar num colossal
fiasco. Ergue-se um grito, cada vez mais universal. Todos acusam a todos da
violação dos direitos do homem que eles mesmos criaram. Tudo começa pelo
nefando crime do aborto, que nega ao embrião humano indefeso o direito de se
desenvolver no seio materno e nascer. Seguem-se os atropelos aos direitos dos
vivos, praticados com requintes de malvadez e nas condições mais abjectas, horrendas
e condenáveis. No lugar do tal “paraíso”, estes obreiros logram transformar o
mundo num pântano cercado de víboras. Razão tem o Senhor para dizer: “Sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15:5).
O
homossexualismo, emergente do
dito pântano e retratado nesta passagem das Escrituras, teve a sua localização
conhecida em Sodoma e Gomorra. Deus varreu as duas cidades do mapa com um
dilúvio de fogo. Essa-aberração nojenta aí está novamente, desta vez à escala
mundial, e já se introduziu em todos os escalões da sociedade, incluindo o
clero. Os seus praticantes envergonham-se de serem homens e fazem concorrência às
mulheres da má vida. Embora creiam na teoria da evolução, um certo saudosismo
fá-los entrar na corrente da involução
que os leva de volta à sua origem animalesca.
A
sociedade aceita-os sem repugnância, alegando o direito à diferença, e até lhes
confere estatuto. E quanto mais despudorados e exibicionistas eles são tanto
mais os admira. E não só os aceita como não admite que alguém reprove essa
conduta abominável.
Face
a esta cumplicidade entre homossexuais e outros, Deus declara-os dignos de
morte. Exatamente assim: “São dignos
de morte os que tais coisas praticam” (Rm 1:32). Enquanto o quarto anjo
não derrama a sua taça sobre o Sol, para abrasar os homens com fogo, estes
sodomitas já estão “recebendo em
si mesmos a penalidade devida ao seu erro” (Ap 16:8; Rm 1:27).
No
principio, “Deus formou a mulher e trouxe-a ao homem. E disse: Frutificai e multiplicai-vos;
enchei a Terra ... “ (Gn. 2:22; 1:28). Presentemente, o Diabo, que faz tudo ao contrário;
dá ao homem, não uma mulher, mas, sim, outro homem. E como que lhes diz o mesmo
que Deus. Só que o fruto concebido nesse conúbio obsceno é um monstro, ao qual
os padrinhos de baptismo deram o nome de SIDA. O monstro depressa cresceu e é um
assassino que mata sem dó nem piedade, até mesmo alguns inocentes. A
multiplicação das suas vítimas é tão promissora que, a dar crédito às previsões
dos especialistas no assunto, o número de contaminados pela SIDA terá chegado
no ano 2 000 aos quarenta milhões. “Não vos enganeis; Deus não Se deixa escarnecer. Pois tudo o que o homem semear,
isso também ceifará” (Gl. 6:7). Na verdade, o mundo tem o que merece.
À vista de vidas tão sórdidas, perguntar-se-á:
Haverá, porventura, perdão para esta casta de
pecadores? - Sim, há. “Se confessarmos
os nossos pecados, Deus é
fiel e justo para nos perdoar os
pecados e nos purificar de toda a injustiça.”
Ele pode cumprir esta palavra, porque “o sangue de Jesus Cristo,
Seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (1Jo 1:7, 9). Fundamentado na eficácia do sangue do Seu Filho Jesus, vertido a
nosso favor no Calvário, Deus dirige-Se agora a todos, mesmo aos homossexuais, e diz: “Vinde, então, e argui-me, diz o Senhor: ainda
que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a
neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca
lã.”
(Is 1:18).
Obrigado,
Senhor, por tanta misericórdia, tanta graça, tanto amor, mesmo para com os
pecadores mais miseráveis e indignos!
José Fontoura
(14/XI/1921 – 29/XII/1996)
Obreiro a
tempo integral entre os Irmãos, na Região da Beira-Vouga.
http://www.refrigerio.net/images/stories/pdf/refrigerio058.pdf
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