ATANÁSIO
DE ALEXANDRIA
Da encarnação do
verbo
“E toda a multidão
procurava tocar-lhe; porque saía dele virtude, e curava a todos.” (Lc
6:19, ARC, Pt)
O Verbo de Deus, incorpóreo,
incorruptível e imaterial, chegou à região que habitamos, da qual nunca
estivera, contudo, afastado. Com efeito, não havia deixado nenhuma parte da
criação privada da Sua presença, dado que tudo preenchia, Ele que mora junto de
Seu Pai. Mas tornou-Se presente, abaixando-Se por causa do Seu amor por nós, e
manifestou-Se a nós. Teve piedade da nossa raça, teve compaixão da nossa
fraqueza, condescendeu com a nossa condição corruptível.
Não aceitou que a morte tivesse
domínio sobre nós; não quis ver perecer aquilo que tinha começado, nem
fracassar o que Seu Pai tinha realizado ao criar os homens. Assumiu, pois, um
corpo, e um corpo que não é diferente do nosso. No seio da Virgem construiu
para Si mesmo o templo do Seu corpo; fez dele um instrumento adatado, para Se
dar a conhecer, e para nele morar. Depois de ter assumido, entre os nossos
corpos, um corpo da mesma espécie, e dado que estamos todos submetidos à
corrupção da morte, entregou-o à morte por todos nós, oferecendo-o a Seu Pai. E
fê-lo por amor aos homens.
Atanásio, Bispo de Alexandria (Alexandria, ca. 295 — Alexandria, 2
de maio de 373)
http://www.ecclesia.com.br/biblioteca/pais_da_igreja/s_atanasio_antologia.html
Sem comentários:
Enviar um comentário