… Mas o melhor de tudo é crer em Cristo! Luís Vaz de Camões (c. 1524 — 1580)

quinta-feira, 25 de maio de 2017

“Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele.” (Lc 10:13)



“Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele.” (Lc 10:13)


      Aprenda bem o que significa amar a Deus. Este samaritano ama a Deus. Não que tivesse dado alguma coisa a Deus, mas porque ajuda àquele pobre homem da melhor maneira possível. Porque Deus diz assim: Se você me quer amar e servir, ame e sirva ao seu próximo, que tem necessidade disso; eu não preciso de nada. Por isso, este samaritano, aqui, com o seu dinheiro, o seu animal, o seu óleo e o seu vinho, está servindo ao próprio Senhor Deus que está nos Céus. Não que o nosso Senhor pessoalmente precisasse disso, ou que ele o esteja fazendo a nosso Senhor diretamente. Não. O samaritano ajuda ao seu próximo. Mas trata-se de algo feito a Deus e é serviço a Deus, uma vez que Deus ordenou e mandou que assim fosse.

      Por isso, trate de aprender e a viver segundo o exemplo deste samaritano que dá acolhida àquele homem necessitado, ajuda-o e cuida dele assim como gostaria de ser tratado e cuidado pelos outros em circunstâncias semelhantes. Por tal motivo é elogiado, pois ama a Deus e ao seu próximo. Repito que você precisa aprender isto para o colocar em prática. Pois esse é o fruto que se espera daqueles que têm a Palavra de Deus. E quem não produz esse fruto, é cristão falso, a exemplo do sacerdote e levita da nossa história, que são santos de pau, sim, santos diabólicos. Pois quem passa longe do seu próximo necessitado também passa longe de Deus.

      Assim sendo, este evangelho ensina-nos uma bela, apropriada e necessária lição de como devemos viver, caso desejemos estar entre aqueles que realmente são amados por Deus, a saber, que amemos o nosso próximo necessitado e lhe façamos todo o bem. Deus levará isso em conta como se isso Lhe fosse feito diretamente a Ele.


 Martinho Lutero    

In Meditações de Lutero, Castelo Forte - 1983


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