“Pois
ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou usurpação o ser igual a Deus,
antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em
semelhança de homens.” (Fl 2:6)
EM primeiro
lugar, precisamos de um Salvador que pode livrar-nos do poder do Diabo, o deus
e príncipe deste mundo, do pecado e da morte, ou seja, um Salvador que é
verdadeiro, eterno Deus, por meio de quem todos os que nEe crêem são
justificados e salvos. Pois se Ele não é mais e não está acima de Moisés,
Elias, Isaías, João Batista, etc., Ele não é nosso Salvador. Mas, se Ele, na
qualidade de Filho de Deus, derrama o Seu sangue por nós, para nos remir e
purificar dos pecados, e nós o cremos e o esfregamos debaixo do nariz do Diabo
quando esse nos amedronta e aterroriza por causa dos nossos pecados; então, o Diabo
logo é vencido, tem de se afastar e deixar-nos em paz.
Por outro lado,
temos de ter um Salvador que também é nosso irmão, feito de carne e sangue como
nós, que se fez igual a nós em tudo, mas sem pecado. E isso também cantamos,
confessamos e dizemos em nosso credo. Para que assim eu possa dizer com alegria
no coração: Creio em Jesus Cristo, Filho único de Deus, que está sentado à Sua
direita e intercede por mim, que também é feito de carne e sangue como eu, sim,
é meu irmão. Pois, por nós, homens, e por nossa salvação Ele desceu do Céu, Se
fez homem e morreu pelos nossos pecados.
Martinho Lutero
In Meditações de
Lutero, Castelo Forte - 1983
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