… Mas o melhor de tudo é crer em Cristo! Luís Vaz de Camões (c. 1524 — 1580)

sábado, 27 de maio de 2017

Quando, porém, vier o Espírito Consolador, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo; do pecado, porque não crêem em mim.” (Jo 16:8)



Quando, porém, vier o Espírito Consolador, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo; do pecado, porque não crêem em mim.” (Jo 16:8)

      Cada qual está no perigo de ser condenado ao inferno, por culpa exclusiva da própria pessoa, não porque fosse pecador culpado da condenação por causa de Adão e da sua descrença anterior, mas porque não quer aceitar o Salvador, Cristo, que assume o nosso pecado e a nossa condenação. Se não tenho fé nisto, aquele pecado que leva à condenação tem de permanecer, porque não aceito Aquele que me pode livrar da culpa. Sim, o pecado e a condenação tornam-se duplamente maiores e mais graves, justamente porque não quero ter fé neste amado Salvador que pode ajudar-me, nem aceitando a Sua oferta de salvação.

      Agora, pois, bem-aventurança e condenação dependem de crermos em Cristo ou não. A descrença faz com que fiquemos com todos os pecados, de sorte que não podem ser perdoados. A fé, porém, anula todos os pecados, de sorte que, fora desta fé, tudo é pecado e condenável, e assim continua sendo, por melhor que sejam a vida e as obras que a gente possa fazer. Ainda que tais obras sejam louváveis em si mesmas, e ordenadas por Deus, elas são pervertidas pela descrença, já não podendo, por isso, agradar a Deus, quando, por outro lado, na fé, toda obra e vida do cristão agradam a Deus. Em resumo: fora de Cristo tudo está condenado e perdido; em Cristo, porém, tudo é bom e bem-aventurado, de maneira que nem o pecado (que continua em carne e sangue, herdado de Adão) pode prejudicar nem condenar.


 Martinho Lutero    

In Meditações de Lutero, Castelo Forte - 1983



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