… Mas o melhor de tudo é crer em Cristo! Luís Vaz de Camões (c. 1524 — 1580)

domingo, 25 de junho de 2017

“Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar os fortes.” (1Co 1:27)



“Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar os fortes.” (1Co 1:27)

      Assim, Cristo inicia o seu reino através de leigos que não tinham instrução alguma e simples pecadores que não tinham estudado as Escrituras Sagradas. Parece absurdo que a Igreja Cristã começou com aqueles pobres coitados e com a escandalosa pregação de Jesus de Nazaré, crucificado, ridicularizado, cuspido, caluniado, maltratado, de todos o mais vergonhoso e, afinal, pregado na cruz e morto como agitador e blasfemo, como indica o letreiro no alto da cruz: “Jesus Nazareno, o rei dos judeus”. No dia de Pentecostes prega-se publicamente a respeito desse Jesus. Os apóstolos dizem que Jesus foi vítima de violência e injustiça; que os que O crucificaram e mataram são diabos e inimigos de Deus, pecando gravemente e provocando a terrível ira de Deus. E através desta pregação começa o Reino de Cristo e a Igreja Cristã.

      É uma coragem admirável que demonstram os Apóstolos e Discípulos, e um grande consolo poderem pregar publicamente a respeito de Cristo no dia de Pentecostes. Quem mais seria tão corajoso e pregaria como eles pregaram?

      E em que consistem esta força e poder? Na Palavra e no Espírito. Veja só o poder que Pedro tem! E não somente Pedro, mas também os demais. Como estão convictos do que dizem! Com que autoridade manejam as Escrituras, como se as tivessem escrito durante cem mil anos e assimilado perfeitamente! Eu não saberia manejar as Escrituras com tanta segurança, embora seja doutor nas Escrituras Sagradas. E aqueles são pescadores que tinham lido as “Escrituras”.

      Assim, o Cristianismo começou com a pregação de pobres pescadores, e através da pobre e desprezada obra de Deus, Jesus de Nazaré, pendurado na cruz.

Martinho Lutero

In Meditações de Lutero, Castelo Forte - 1983


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