“Eu te
glorifiquei na Terra, consumando a obra que me confiaste para fazer.” (Jo 17:4)
Se Cristo não
tivesse sido glorificado, também o Pai não o teria sido, e a glória do Pai teria
perecido com Cristo. A glória do Pai e do Senhor Jesus Cristo estão intimamente
ligadas e entrelaçadas. A glória de ambos é uma só, indivisível, de sorte que o
Filho é glorificado pelo Pai e o Pai é glorificado no Filho e através dele.
A exemplo da oração
de Cristo, nossa cabeça, nós, que estamos ligados a Ele, também devemos orar,
pedindo que Ele seja glorificado em nós. Pois o que fizeram com Ele enquanto
esteve na Terra, também sucederá connosco: Por Sua causa (porque O glorificamos
e louvamos com nossa doutrina e vida) devemo-nos submeter a desprezo,
condenação, e morte, para que o Seu nome e Sua santa Palavra sejam perseguidos
e blasfemados em nós. Mas para que a Sua honra seja preservada e, em
cumprimento seja a Sua palavra, Ele vai-nos ajudar e inverterá os papéis, para
que a injustiça do mundo seja revelada e o mesmo seja condenado; nós, porém,
conduzidos à maior honra e glória. Assim, a Sua honra e louvor sobressaem e se
manifestam mais e mais através do Espírito Santo e do testemunho dos Cristãos
em todo o mundo. Esta é a obra que o Pai Lhe confiou para fazer: Ele tomou
sobre Si toda a vergonha e culpa, sofrimento e morte, com a finalidade de
honrar o Pai. E tudo isso por amor de nós, para que pudéssemos ser salvos e termos
a vida eterna.
Martinho Lutero
In Meditações de
Lutero, Castelo Forte - 1983
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