… Mas o melhor de tudo é crer em Cristo! Luís Vaz de Camões (c. 1524 — 1580)

quarta-feira, 21 de junho de 2017

“O fruto do Espírito é alegria .” (Gl 5:22)



“O fruto do Espírito é alegria <ou, gozo>.” (Gl 5:22)

      A alegria <ou, gozo> é fruto do Espírito Santo. A exemplo do amor, ela está em Deus e nos próximo. Está em Deus quando nos alegramos e na misericórdia divina, mesmo no meio das violências e contrariedades da vida, quando, sem cessar, louvamos ao Senhor, mesmo estando na fornalha de fogo ardente (Dn 3). A alegria é aquela conversa animada entre noivo e noiva, ou seja, a feliz e amável recordação que o Cristão tem de Cristo, a salutar admoestação, os cânticos festivos, os hinos de gratidão e os salmos de louvor com os quais os Cristãos se exortam, exercitam e alegram mutuamente.

      Seguidamente, a Escritura indica que Deus não tem prazer num espírito contristado, mas deseja que nos alegremos nEle. Assim, mandou Seu Filho ao mundo, não para nos entristecer, mas para nos alegrar. Por isso, os profetas, os Apóstolos e o próprio Cristo admoestam, sim, ordenam que sejamos felizes e nos alegremos. Onde houver esta alegria <gozo> espiritual mencionada por Paulo no nosso texto (porque a alegria <ou, gozo> deste mundo acaba em luto e choro), aí, a pessoa, por meio da fé em Cristo, alegra-se em seu íntimo, tem certeza de que Ele é o nosso Salvador e Sumo Sacerdote que intercede por nós diante de Deus, e, também, deixa que esta alegria <ou, gozo> se manifeste exteriormente por meio de palavras e ações. Sim, o coração alegra-se até mesmo no meio da tribulação e morte. Resumindo: Os Cristãos alegram-se por terem um Pai gracioso no Céu por meio de Cristo, e a Sua maior alegria <ou, gozo> é ver que o Evangelho está sendo amplamente divulgado e que muitas pessoas estão abraçando a fé, e, assim, o reino de Cristo está aumentando. O mundo não conhece esta alegria <ou, gozo>.

      Por último, a alegria <ou, gozo> está no próximo quando deixamos de invejar os seus bens, mas nos alegramos com ele como se fossem nossos e enaltecemos os dons que Deus lhe deu.
Martinho Lutero    


In Meditações de Lutero, Castelo Forte - 1983


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