“O fruto
do Espírito é alegria <ou, gozo>.” (Gl 5:22)
A alegria <ou,
gozo> é fruto do Espírito Santo. A exemplo do amor, ela está em Deus e nos
próximo. Está em Deus quando nos alegramos e na misericórdia divina, mesmo no
meio das violências e contrariedades da vida, quando, sem cessar, louvamos ao
Senhor, mesmo estando na fornalha de fogo ardente (Dn 3). A alegria é aquela
conversa animada entre noivo e noiva, ou seja, a feliz e amável recordação que
o Cristão tem de Cristo, a salutar admoestação, os cânticos festivos, os hinos
de gratidão e os salmos de louvor com os quais os Cristãos se exortam,
exercitam e alegram mutuamente.
Seguidamente, a
Escritura indica que Deus não tem prazer num espírito contristado, mas deseja
que nos alegremos nEle. Assim, mandou Seu Filho ao mundo, não para nos
entristecer, mas para nos alegrar. Por isso, os profetas, os Apóstolos e o
próprio Cristo admoestam, sim, ordenam que sejamos felizes e nos alegremos.
Onde houver esta alegria <gozo> espiritual
mencionada por Paulo no nosso texto (porque a alegria <ou, gozo> deste
mundo acaba em luto e choro), aí, a pessoa, por meio da fé em Cristo, alegra-se
em seu íntimo, tem certeza de que Ele é o nosso Salvador e Sumo Sacerdote que
intercede por nós diante de Deus, e, também, deixa que esta alegria <ou,
gozo> se manifeste exteriormente por meio de palavras e ações. Sim, o
coração alegra-se até mesmo no meio da tribulação e morte. Resumindo: Os Cristãos
alegram-se por terem um Pai gracioso no Céu por meio de Cristo, e a Sua maior
alegria <ou, gozo> é ver que o Evangelho está sendo amplamente divulgado
e que muitas pessoas estão abraçando a fé, e, assim, o reino de Cristo está
aumentando. O mundo não conhece esta alegria <ou, gozo>.
Por último, a
alegria <ou, gozo> está no próximo quando deixamos de invejar os seus
bens, mas nos alegramos com ele como se fossem nossos e enaltecemos os dons que
Deus lhe deu.
Martinho Lutero
In Meditações de
Lutero, Castelo Forte - 1983
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