… Mas o melhor de tudo é crer em Cristo! Luís Vaz de Camões (c. 1524 — 1580)

terça-feira, 20 de junho de 2017

“Sabendo Jesus que o Pai confiara tudo às suas mãos, e que ele viera de Deus e voltava para Deus, levantou-se da ceia, tirou a vestimenta de cima e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela. Depois, deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.” (Jo 13:3-5)



“Sabendo Jesus que o Pai confiara tudo às suas mãos, e que ele viera de Deus e voltava para Deus, levantou-se da ceia, tirou a vestimenta de cima e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela. Depois, deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.” (Jo 13:3-5)

      São palavras acertadas e excelentes estas com que João quer mostrar quais os pensamentos que ocupavam Jesus antes de levar os pés aos discípulos. Foram pensamentos elevados a ponto que <O> poderiam ter arrebatado do mundo de forma que não Se lembrasse de pessoa alguma.

      Mas, justamente nesse momento, ao ocupar-Se com tais pensamentos da glória eterna, levanta-Se, de repente, da mesa, tira a túnica, toma um avental, deita água numa bacia e começa a lavar os pés aos discípulos.

      Entendam-se os Seus pensamentos e obras! Os Seus pensamentos são os seguintes: “Eu sou Deus e Senhor sobre tudo; antes que passe um dia, o diabo estará no fim com a sua trama. Depois disso, ele e todos os Meus inimigos estarão a Meus pés e deixarão os Meus cristãos em paz.”

      Qual <é>, porém, a obra que <Ele> faz? Ele, o maior de todos os senhores, faz o serviço normalmente executado por empregados <servos; escravos> e empregadas <servas; escravas>: lava os pés aos Seus discípulos.

      Portanto, Jesus quer mostrar-nos com o Seu exemplo o seguinte: Como Ele Se desfaz de toda a Sua glória, esquecendo-a e não a usando por honra, poder e pompa próprios, mas, com ela, serve a Seus servos – que assim também procedamos nós: que não nos orgulhemos dos nossos dons nem os usemos para honra própria, mas que, com eles, sirvamos de boa vontade ao próximo e aproveitemo-los para o seu benefício.
Martinho Lutero    


In Meditações de Lutero, Castelo Forte - 1983

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