… Mas o melhor de tudo é crer em Cristo! Luís Vaz de Camões (c. 1524 — 1580)

sexta-feira, 16 de junho de 2017

“Outros, porém, zombando, diziam: Estão embriagados.” (At 2:13)



“Outros, porém, zombando, diziam: Estão embriagados.” (At 2:13)

      Certa vez, no dia de Pentecostes, Cristo deu o Espírito Santo aos Seus discípulos de forma visível, quando apareceram distribuídas entre eles línguas como de fogo, eles passaram a falar em muitas línguas, expulsaram demónios, curaram doentes, etc.

      Hoje, porém – e vai ser assim até o fim do mundo – Ele não mais dá o Espírito Santo e Seus dons da mesma maneira. Hoje, Ele dá o Espírito Santo e Seus dons ao Seu povo de forma invisível e sem grandes manifestações externas.

      Agora, porém, da mesma forma assim como a razão humana não acredita que Cristo venceu e aprisionou todos os nossos inimigos, o pecado, a morte, etc., assim também ela também não acredita que Cristo distribui dons entre os homens. Porque quando os Apóstolos receberam o Espírito Santo no dia de Pentecostes, falaram em outras línguas, foram e pregaram em Jerusalém, na Judeia, na Samaria, e depois, por ordem de Cristo, foram pelo mundo inteiro, quem acreditou que eles estavam certos da cabeça? Na verdade, os seus próprios compatriotas, os judeus, disseram que eles estavam loucos e cheios de vinho doce, que estavam possessos e cheios de demónios. E, assim, tanto os judeus quanto os gentios os mataram como blasfemos, charlatães e agitadores malvados.

      Eis porque o mundo não vê nem reconhece os dons do Espírito Santo, mas os despreza e zomba deles. E tudo o que nosso Deus diz e faz não serve e nem pode servir para o mundo. A Palavra de Deus ele a considera heresia e doutrina de demónios; agora, a doutrino do diabo ele a aceita como se fosse a Palavra de Deus. A Palavra de Deus não tem valor para o mundo, é considerada demoníaca. Mas a obra do diabo, esta o mundo tem em alta conta e a chama obra de Deus. Somente os Cristãos reconhecem e estimam a Palavra de Deus como o maior tesouro na Terra e reconhecem a dignidade e o poder das suas maravilhosas obras, embora seria de se esperar que se maravilhassem diante delas e as estimassem mais ainda. A experiência dos Apóstolos também se confirma em nossos dias.

 Martinho Lutero    

In Meditações de Lutero, Castelo Forte - 1983


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