“Compartilhai
as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade.” (Rm 12:13)
Aqui temos uma
bela inversão. Nós ansiamos e pedimos diariamente que os santos compartilhem as
nossas necessidades; mas São Paulo ensina que nós é que devemos compartilhar as
necessidades deles.
Se Paulo menciona
essas necessidades dos santos, a sua intenção é inflamar a estimular-nos a,
mais e mais, fazermos o bem aos cristãos. Ele mostra-nos os verdadeiros santos,
a saber, aqueles que têm necessidades. Por outras palavras: pessoas que nem de
longe parecem <ser> santas, pois são gente pobre, abandonada, faminta,
nua, aprisionada, morta. Pessoas que precisam de ajuda de todos e não teriam
condições de ajudar a si mesmas, razão por que o mundo as considera ímpias e
malfeitoras, merecedoras de toda a sorte de desgraça. No dia do juízo, Cristo
apresentará esses santos, dizendo: “O que
vocês fizeram a um desses pequeninos irmãos, a Mim o fizeram.” Então, os
grandes veneradores de santos ficarão completamente envergonhados e
atemorizados na presença destes santos, aos quais não quiseram reconhecer em
vida, como era devido.
Pratiquem a
hospitalidade! Aqui, Paulo põe-se e enumerar algumas das necessidades dos
santos e ensina como se deve compartilhá-las. Isso não deve ser feito apenas da
boca para fora, mas colocado em prática, como, por exemplo, hospedando aqueles
que necessitam de hospedagem. Nisso, também estão incluídas as demais
necessidades corporais, como alimentar famintos, dar de beber aos sedentos,
vestir aqueles que não têm roupa.
Martinho
Lutero In Meditações de Lutero, Castelo Forte - 1983
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