“Mas Deus
prova o seu próprio amor para connosco, pelo facto de ter Cristo morrido por
nós, sendo nós ainda pecadores.” (Rm
5:8)
Cristo
sacrificou-Se a Si mesmo na cruz, tornou-Se um pecador e maldição; Ele que é a
única semente bendita pela qual o mundo é abençoado, quer dizer, pela qual o
mundo há-de ser redimido de pecado e morte. Ele está pendurado na cruz entre
dois criminosos, considerado igual a eles, e morre morte vergonhosa. Isso Ele O
faz por bem de todo o género humano, para livrá-lo da maldição eterna.
Portanto, ele é ambos: o maior e único pecador sobre a Terra, pois leva os
pecados do mundo inteiro; e, ao mesmo tempo, o único justo santo, pois ninguém
é justificado e santificado perante Deus senão por ele.
Quem, portanto, crê que os seus próprios pecados e os pecados de
todo mundo pesam sobre o Seu Senhor amado e que, por causa desses pecados, o
Senhor se deixa batizar, pregar à cruz, derramando nela Seu sangue por nós,
para que, dessa maneira, ele, o único portador e expiador de pecados, nos
purifique dos pecados, tornando-nos agradáveis a Deus e bem-aventurados – quem
assim crê, tem o perdão dos pecados e a vida eterna, e o batismo, a cruz e o
sangue de Cristo tornam-se sua propriedade.
Martinho
Lutero
In Meditações de Lutero, Castelo Forte - 1983
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