“A minha comida
consiste em fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra.” (Jo 4:34)
A vontade de Deus cumprida por Cristo nada
mais pode ser do que a obediência de Cristo, como diz Paulo: “Ele foi obediente em nosso lugar.” Nessa vontade, todos nós
fomos santificados: “Por meio da
obediência de um só muitos se tornarão justos” (Rm 5:19).
“Jesus
a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz” (Fl 2:8).
Tudo isto Ele fez não porque nós fôssemos
dignos ou merecedores (pois quem pretenderia ser digno de tal serviço e de tal Pessoa?),
mas para Se tornar obediente diante do Pai. Com uma só Palavra, São Paulo
abre-nos o Céu e permite-nos ver <permite-nos que vejamos> o abismo da Majestade
Divina, <permite-nos> contemplar a vontade e o amor indizível e
misericordioso do coração Paterno para connosco, para que sintamos como desde a
eternidade agradou a Deus o que Cristo, essa Pessoa maravilhosa, deveria fazer
por nós, e agora <o> fez de facto.
Como não nos derreteria de alegria o
coração? Quem não amaria, exaltaria e agradeceria? E, depois, porventura, não
nos devemos tornar apenas servos de todo o mundo, mas tornar-nos menores e
inferiores a nada ao vermos que Deus nos considerou tão caros, derramando com
tanta abundância a Sua vontade paterna sobre a obediência de Seu Filho, e
demonstrando-o assim?
Martinho Lutero
In Meditações de Lutero, Castelo Forte - 1983
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