“Embora sendo Filho, aprendeu a
obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se autor
da salvação eterna para todos os que lhe obedecem.”
(Hb 5:8)
Cristo também nos amou. Caso contrário não teria
descido do Céu. Assim Cristo ama os pecadores por mandado do Pai. Da mesma
forma o Pai quer que olhemos para a humanidade de Cristo e Lhe retribuamos o
amor. Agora, também isto: que lembremos que Cristo fez tudo isso por ordem de
Deus, segundo a mais nobre boa vontade. Do contrário, seria terrível meditar
sobre Cristo. Porque ao Pai é atribuído o poder, ao Filho a sabedoria, ao
Espírito Santo a bondade. A Esses jamais Os podemos alcançar por nós mesmos; ao
contrário, devemos desesperar diante dEles.
Agora, se sabemos que Cristo desceu do Céu,
amou os pecadores em obediência ao Pai, e nos pomos a meditar sobre isso,
achegamo-nos corajosamente a Cristo e nEle confiamos com firmeza, pois nos
damos conta que Cristo é a verdadeira carta, o livro dourado no qual lemos e
aprendemos a ver a Ele, a termos diante dos olhos a vontade do Pai.
Assim é impossível que tenhamos uma
consciência miserável, desanimada, pois em Cristo ela é animada e fortalecida.
Isso agrada em muito às almas piedosas, e
dá ao Pai, por meio do Filho, Jesus Cristo, toda a glória, honra e louvor.
Assim Deus não possui nada senão o melhor, e isso Ele reparte connosco: nos
alimenta, nos carrega nos braços, cuida de nós, etc., por meio de Seu Filho. E
assim o nosso coração é transformado para seguir a Cristo.
Esta é a razão por que Cristo ama os
pecadores: Seu Pai Lhe deu essa incumbência.
Martinho Lutero
In Meditações de Lutero, Castelo Forte - 1983
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