“Em verdade, em verdade
vos digo, se pedirdes alguma coisa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome.” (Jo 16:23)
Quando você for orar, ajoelhe-se ou fique de
pé e dirija-se a Deus com ousadia e atrevimento (desde que você se reconhece
pecador e deseja melhorar), dizendo: Senhor
Deus, Pai celeste, eu te peço, e não aceito recusa, a coisa há que ser assim e Ámen,
isso aí e nada mais. Do contrário não
quero orar nem teria orado. Não que eu tenha direito a isso ou fiz por merecer,
pois sei muito bem e confesso que nada mereço além fogo do inferno e <da>
Tua eterna ira por causa dos meus muitos e graves pecados. Neste ponto, porém,
sou, pelo menos, um pouquinho obediente, porque Tu me ordenas e constranges a
orar em nome de Teu amado Filho, nosso Senhor Jesus Cristo. Baseado nesse desafio
e consolo da Tua imensa bondade, e não em minha própria justiça, ajoelho ou
apresento-me diante de Ti e peço ... , etc.
Por outro lado, fomos suficientemente
instruídos de que não devemos tentar a Deus na oração. Ou seja: Não devemos determinar
tempo, medidas, objetivos, maneira ou pessoa, <de> como, quando, onde ou
através de que <meio(s)> Ele nos deva atender. Com toda humildade,
devemos deixar isso aos cuidados de Deus, pois Ele, em Sua divina e
incompreensível sabedoria, certamente vai fazer tudo bem. E não devemos duvidar
que a oração é de facto ouvida, mesmo que as aparências pareçam indicar o
contrário.
Martinho Lutero
In Meditações de Lutero, Castelo Forte - 1983
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