… Mas o melhor de tudo é crer em Cristo! Luís Vaz de Camões (c. 1524 — 1580)

terça-feira, 29 de agosto de 2017

“Portanto, cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para edificação.” (Rm 15:2)



“Portanto, cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para edificação.” (Rm 15:2)

  O cristão vive apenas para fazer o bem aos outros e acabar não com as pessoas, mas com os seus vícios. Isso só é possível quando se está disposto a suportar os fracos e conviver com eles. Seria, de facto, uma obra de caridade bem tola querer alimentar os famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os que não têm roupa, visitar os doentes e, ao mesmo tempo, não estar disposto a suportar ou não querer ter à sua volta os famintos, os sedentos, os nus e os doentes. Por outro lado, se você não suporta pessoas ruins ou fracas à sua volta, isso equivale a não estar disposto a ajudar e a ser útil na salvação do próximo.

  Por isso aprendamos dessa epístola o seguinte: a conduta e amor cristão não consistem em achar gente piedosa, justa e santa, mas em fazer deles gente piedosa, justa e santa. E que este seja o trabalho e a ocupação dos cristãos neste mundo: fazer gente assim, seja por meio de castigo, da oração, do sofrimento, ou de qualquer outro meio possível. O cristão também não vive para encontrar gente rica, forte e sã, mas para tornar os pobres em ricos, os fracos em fortes, os doentes em sãos.


Martinho Lutero

In Meditações de Lutero, Castelo Forte - 1983


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