… Mas o melhor de tudo é crer em Cristo! Luís Vaz de Camões (c. 1524 — 1580)

domingo, 27 de agosto de 2017

“Se alguém quiser fazer a vontade daquele que me enviou, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo.” (Jo 7:17)


“Se alguém quiser fazer a vontade daquele que me enviou, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo.” (Jo 7:17)

     Esta é a vontade do Pai: que prestemos atenção no que o Cristo homem diz e demos ouvido à Sua Palavra. Você não deve sofismar a Palavra de Deus, tampouco colocar-se acima dela ou torná-la objeto de disputas, mas, pura e simplesmente, ouvi-la. Então o Espírito Santo virá e deixará o seu coração bem preparado, para que, de coração, você possa crer na pregação da Palavra divina e dizer: Esta é a Palavra de Deus e a pura verdade; e também arrisque a sua vida por ela. Agora, se você quer que a gente ouça o que você tem a dizer, e com a razão humana anula a Palavra de Cristo; se você se considera mestre da Palavra, introduzindo nela doutrinas estranhas, investigando como deve ser interpretada e fazendo com que as Palavras tenham o sentido que você quer; se você levar a sério a Palavra apenas quando a coloca em dúvida e quer julgá-la segundo o seu modo de entender, isso não significa ouvir nem ser aluno; isso é ser mestre.

     Dessa forma, jamais se chega ao ponto de entendê-la e dizer: Esta é a Palavra de Deus. Por isso, tranque a porta da sua razão e calque aos pés a sabedoria, não permitindo que, no que diz respeito à sua salvação, que fique aí andando às apalpadelas, que sinta ou pense algo. Ouça tão-somente o que o Filho de Deus tem a dizer, qual é a Sua Palavra, e atenha-se a ela. Ouvir, ouvir é o que importa. Fazer isso é cumprir à risca a vontade do Senhor, nosso Deus. E, Ele prometeu dar o Espírito Santo àquele que ouve o Filho, iluminá-lo e dar-lhe vida, para que tenha a clara compreensão de que se trata da Palavra de Deus! Deus o transformará num homem segundo o Seu coração. Isso Ele certamente fará.

Martinho Lutero

In Meditações de Lutero, Castelo Forte - 1983

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