“Porque
a mim se apegou com amor, eu o livrarei; pô-lo-ei a salvo, porque conhece o meu
nome. Ele me invocará, e eu lhe responderei; na sua angústia eu estarei com
ele, livrá-lo-ei e o glorificarei. Saciá-lo-ei com longevidade, e lhe mostrei a
minha salvação.”
(Sl 91:14-16)
Se
na atribulação pudéssemos trazer esta palavra firmemente no coração e crer nela
– que felizes seríamos! Nenhum mal, por maior que seja e por mais que nos
impressione, nos poderia preocupar e entristecer demais. Por isso, devemos
lembrar-nos disto muitas vezes e pedir cordialmente a Deus que, pelo Espírito
Santo, nos grave tão amável e consoladora promessa no coração e que, por meio
dela, nos anime e fortaleça em todo perigo e dificuldade. Pois veja, veja só
que rica promessa, que grande consolo, que orientação transbordante nisto se
encerra: somente confiar e crer! Pois Deus ajuda o crente no meio da situação
má, não o deixa enrascado, está a seu lado, fortalece e sustenta-o. Além disso,
salva-o para encontrar uma saída. E não apenas o salva. Ainda lhe dá a
bem-aventurança, para, doravante, não mais cair em desgraça, e isso tudo porque
confiou nEle. Se esta afirmação for errada, por que não protestamos? Se, no
entanto, for correta, como de facto é, tão certo como Deus vive e viverá
eternamente, por que, então, desmentimos a Deus em Suas múltiplas,
consoladoras, imutáveis e eternas promessas, a Deus que nos ordena estarmos
confiantes nEle e alegres?
Martinho Lutero
In Meditações de Lutero, Castelo Forte - 1983
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