“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais
eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do
Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” (Gl 2:20)
Esta é a
linguagem de uma alma que aprendeu a sua completa insignificância, sendo
humilhado para enxergar que não existe vida, nem fonte de bondade, mas apenas o
próprio Cristo. Ele sabe que Deus o vê como “crucificado
com Cristo”. Entretanto, Cristo está ressuscitado, e é o poder dessa vida
ressuscitada que opera no crente. Fazendo com que o coração exulte em admiração
para com Ele, atribuindo todo bom pensamento, palavra e obra ao Cristo que vive
n’Ele.
Esta é uma
atitude preciosa da alma! A vida velha é colocada de lado como inútil; não que
seja erradicada, pois falando em termos práticos, nós passamos por muitas
ocasiões nas quais somos humilhados pelas suas obras pecaminosas; mas tudo
isso, aos olhos de Deus, é removido por completo por meio da morte de Cristo.
Nós devemos reconhecer-nos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, por
meio de Jesus Cristo, nosso Senhor. Isto é uma questão de fé, não de sentimento
ou experiência; apesar de que, quando reconhecida pela fé, produzirá
sentimentos de gratidão e uma experiência consistente. A mesma se tornará
verdadeira para a alma.
Mas ela
torna-se real somente pela fé. Um indivíduo não é apenas justificado pela fé,
mas vive por ela, a fé no Filho de Deus. Isto não é um credo ou um conjunto de
regras que nos devem controlar: pelo contrário, a fé fixa os olhos apenas e
somente em Cristo. Ele é o seu Padrão: não pode existir nada mais elevado; e
algo inferior – mesmo a santa, justa e boa lei de Deus–nunca pode ocupar o Seu
lugar, pois nunca pode agradar ao coração de Deus. Foi Cristo que me amou e Se
entregou por mim. Ele que é o amado Filho de Deus.
In Boa Semente
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