“Quem me
vê a mim, vê aquele que me enviou.” (Jo
12:45)
Nada se pode crer
a respeito de Deus, descobrir ou saber a não ser aquilo que foi revelado a
respeito dEle. Aqui temos de nos ater ao que diz o ditado: Aquilo que está
acima de nós não nos afeta! São totalmente diabólicas essas formas de
conhecimento que vêem coisas muito elevadas além e fora da revelação de Deus.
De nada servem a não ser para lançar-nos na perdição, pois ocupam-se com um
assunto que não pode ser investigado, a saber, o Deus oculto. Se Deus oculta as
Suas decisões e mistérios, por que então nos esforçamos tanto assim para que
nos sejam revelados? Desde o início, Deus sempre se opôs a esse tipo de
curiosidade. A Sua vontade e decisão é esta:
“Deixarei de ser
um Deus oculto para ser um Deus revelado, sem deixar, todavia, de ser o mesmo
Deus. Vou fazer-Me carne e enviar Meu Filho. Este vai morrer pelos seus pecados
e ressuscitar dos mortos. E assim vou satisfazer o seu desejo que é saber se
<você> é predestinado ou não. Veja, aqui você tem o Meu Filho. Escute o
que Ele tem a dizer, olhe para Ele, como está deitado na manjedoura, no colo da
mãe, pendurado na cruz. Atente para o que Ele faz e diz. Ali, você, certamente,
Me encontrará. Se você dá ouvidos à voz de Cristo, é batizado em Seu nome e ama
a Sua palavra, então você certamente é predestinado e pode ter certeza da sua
salvação”.
Martinho Lutero
In Meditações de
Lutero, Castelo Forte - 1983
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