“Grande é o
mistério, mas eu me refiro a Cristo e à Igreja.” (Ef 5:32)
Veja que elevado sermão e
precioso exemplo a respeito do casamento ou estado matrimonial nos ensina Paulo
a praticar: que se instrua e lembre aos que vão casar ou já casaram que, ao
encararem este estado, meditem nestas palavras e tenham diante dos olhos a
imagem ou o exemplo deste casamento espiritual. Pois este, certamente, merece
ser chamado de enlace ou casamento grandioso ou glorioso, e um nobre e precioso
enfeite (embora secreto e oculto), através do qual nos são dados, não bens
mundanos, mas libertação do pecado e da morte, bem como participação em todas
as bênçãos celestes. Enfeites corporais ou tesouros deste mundo nem de longe se
comparam com isso, mesmo que você ganhe toneladas de ouro, sim, os tesouros de
todos os reis e imperadores. Pois tudo isso nós podemos controlar e
compreender. De modo semelhante, os noivos terrenos não são tão preciosos
assim, pois são gente pobre e mortal. Não obstante, esta forma exterior e
visível do casamento ou matrimónio terreno tem a função de nos ensinar a
considerar e meditar no matrimónio celestial, cuja glória e resplendor ninguém
consegue ver. Além disso, devemos espelhar-nos na união espiritual entre Cristo
e a Igreja, e aprender como os cônjuges devem comportar-se no estado matrimonial.
Martinho Lutero
In Meditações de Lutero, Castelo Forte - 1983
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