… Mas o melhor de tudo é crer em Cristo! Luís Vaz de Camões (c. 1524 — 1580)

domingo, 2 de julho de 2017

“O meu cálice transborda.” (Sl 23:5)


“O meu cálice transborda.” (Sl 23:5)

      Tal força, alegria e enlevo bem-aventurado os crentes experimentam não somente quando estão bem e em paz, mas, também, quando sofrem e morrem. Quando o Sinédrio de Jerusalém mandou açoitar os apóstolos, esses se alegraram com isso (At 5.41), e Paulo escreve em Rm 5:3: “Também nos gloriemos nas próprias tribulações”.

      Mas, diz você, ainda não estou preparado a ponto de poder morrer alegre. Isso não faz mal, pois nem David dominou essa arte a todo momento. Também ele, por vezes, se lamentava de estar rejeitado ante os olhos de Deus. De igual modo, também outros santos não estavam sempre cordialmente confiantes em Deus, e pouco agrado e paciência tiveram nas suas tribulações e tentações. O apóstolo Paulo tinha momentos em que confiava com tanta segurança em Cristo, que nem a lei, o pecado, a morte e o diabo o faziam mexer-se (Gl 2:20; Fl 1:20; Rm 8:35ss.). Logo a seguir, porém, lamenta-se por ser o mais fraco e o pior pecador sobre a terra (1Co 2:3; Rm 7:14, 24; Gl 5:17). Por isso, você não deve logo desesperar quando se sente ainda fraco e pequeno na fé; pelo contrário, dedique-se à oração, pedindo que possa permanecer na Palavra e cresça na fé e no conhecimento de Cristo.

Martinho Lutero

In Meditações de Lutero, Castelo Forte - 1983


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