“Alegra-te
muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei,
justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de animal
de carga.” (Zc 9:9)
Será, decerto, um Rei, mas um rei pobre,
miserável, sem nenhuma aparência de rei, se quisermos considerar a pompa externa
que os reis e príncipes do mundo exibem perante o mundo.
Pompa, castelos, prédios, dinheiro e bens,
Ele os deixa aos outros reis, e permite que comam, bebam, vistam-se e construam
melhor do que a outra gente. No entanto, não são capazes de realizar a proeza
da qual é capaz este rei-mendigo Jesus Cristo: Ele não ajuda contra um pecado
só, mas contra todos os pecados; e não somente remedeia o meu pecado, mas o
pecado do mundo inteiro. É isso que o profeta diz à filha de Sião: que não se
escandalize como o seu futuro miserável; que feche os olhos e abra os ouvidos,
para que não veja a humildade do Seu andar, mas ouça o que se diz e prega a
respeito dEsse rei-mendigo. A Sua pobreza e miséria é visível no facto de
montar num burro, sem arreios e esporas, como um mendigo. No entanto, que seja
capaz de livrar-nos do pecado, de trucidar a morte, de dar santidade eterna,
bem-aventurança e vida eterna, isso não se vê. Por isso é preciso ouvi-Lo e
crer nisso.
Martinho Lutero
In Meditações de Lutero, Castelo Forte - 1983
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