… Mas o melhor de tudo é crer em Cristo! Luís Vaz de Camões (c. 1524 — 1580)

domingo, 6 de agosto de 2017

“Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus.” (Rm 6:11)



“Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus.” (Rm 6:11)

      Assim, a pessoa é de todo pura e inocente, sacramentalmente. Por outras Palavras, ela tem o sinal de Deus, o batismo. Isto mostra que todos os seus pecados estão mortos e que ela vai morrer na graça e, no dia do juízo, <ela vai> ressuscitar pura, sem pecado, sem culpa, destinada a viver eternamente.

      Desta forma, é verdade que, em virtude do sacramento, a pessoa está livre do pecado e da culpa. Mas isso é algo que ainda aguarda o estado de perfeição, e a pessoa ainda vive na carne pecaminosa. Por isso, ela não está sem pecado, nem, tampouco, purificada de todas as coisas, pois apenas começou a ficar limpa e inocente.

      De que me adianta então o batismo – você dirá – se o mesmo não apaga o pecado nem me livra completamente dele? Neste ponto, é preciso ter compreensão e conhecimento corretos do sacramento do batismo.

      Em primeiro lugar, é preciso que você se entregue ao sacramento do batismo e <ao> seu significado, ou seja, que você anseie por morrer para o pecado e ser renovado no dia derradeiro, como o sacramento indica. Deus aceita isso e o batiza, sendo que a partir desse momento, ele começa a renová-lo. Deus derrama em você a Sua graça e o Seu Espírito Santo que começa a mortificar a natureza pecaminosa e o pecado, e começa a prepará-lo para morrer e ressuscitar no último dia.

      Além disso, se você se compromete a continuar assim, e a mortificar o pecado isso e faz com que, durante toda a sua vida, você seja exercitado na prática de muitas cada vez mais enquanto viver, até ao dia de sua morte, Deus aceita também boas obras e em muitos sofrimentos. Com isso, Ele faz aquilo que você desejou no seu batismo, ou seja: ser libertado do pecado, morrer, e, no dia derradeiro, ressuscitar em novidade de vida e, assim, tornar pleno o batismo.
Nota: Martinho Lutero considera<va> o batismo como um “sacramento”. O batismo, segundo o meu entender da “Palavra de Deus”, é uma ordenança do Senhor da Igreja a que publicamente se submetem apenas os que verdadeiramente “crêem no Seu nome”.


 Martinho Lutero 
In Meditações de Lutero, Castelo Forte - 1983

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