“Também o Espírito,
semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza.” (Rm 8:26)
Que ninguém se engane, pensando que pode
livrar-se completamente do pecado, dos desejos da velha natureza humana e dos
maus pensamentos. Agora, todo o cristão deveria ter em si este desejo de se ver
livre de tudo isso e de implorar a Deus: “Livra-me!
Como eu gostaria de estar livre do pecado!” Este clamor do Espírito Santo
dentro de nós vai durar até ao dia derradeiro. Por isso, o pecado continua
dentro dos pobres cristãos. Eles pecam, não por malícia e de propósito, mas por
fraqueza. E a estes Deus pode muito bem perdoar. Por isso, o nosso maior
consolo é ter dentro de nós este testemunho do Espírito Santo, o que significa
que o indivíduo <cristão> pode, no meio da necessidade, clamar a Deus
para que lhe seja gracioso e o ajude. Porque a nossa situação agora é
totalmente diferente da que era no passado quando estávamos em aperto. Agora,
podemos confiar em Deus e ter a certeza de que <Ele> não nos abandonará,
e assim mostramos que somos de facto cristãos.
Martinho Lutero
In Meditações de Lutero, Castelo Forte - 1983
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