… Mas o melhor de tudo é crer em Cristo! Luís Vaz de Camões (c. 1524 — 1580)

terça-feira, 5 de setembro de 2017

“Então Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?” (Mt 18:21)



“Então Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?” (Mt 18:21)
     O reino de Deus ou o perdão de pecados não conhece limites, como o texto do Evangelho maravilhosamente indica, quando Pedro perguntou ao Senhor. E, imediatamente, segue a parábola do credor incompassivo. Nela, Cristo exorta-nos severamente, sob pena de perdermos a graça de Deus, a que de bom grado perdoemos a falta do nosso próximo, porque Deus, inúmeras vezes, perdoa a nossa enorme culpa e os nossos pecados. A nossa culpa diante de Deus atinge a casa dos dez mil talentos, ou seja, é incalculável. A nossa dívida é tão grande que não podemos saldá-la, mesmo que invistamos todos os nossos recursos, poderes e obras, pois não temos condições de apagar um só pecado, por menor que seja. E, uma vez que, no Seu reino, Deus nos perdoa tão ricamente, por graça, nada mais justo que também perdoemos um pouquinho ao nosso próximo.

     Cristo diz assim: “No reino de Deus, onde na verdade não acontece outra coisa a não ser perdão de pecados, isto é, na Igreja cristã, perdoarei aquele que perdoa a seu próximo. Agora, aquele que não se compadece do seu próximo, também eu não me compadecerei dele. Em relação a todos vocês Eu sou o Senhor e Rei; mas vocês são conservos, iguais entre si <iguais entre vós mesmos>.”


Martinho Lutero

In Meditações de Lutero, Castelo Forte - 1983

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