… Mas o melhor de tudo é crer em Cristo! Luís Vaz de Camões (c. 1524 — 1580)

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

“O justo, ainda morrendo, tem esperança.” (Pv 14:32)



“O justo, ainda morrendo, tem esperança.” (Pv 14:32)

     SE não houvesse morte, o pecado jamais seria destruído. Por isso, com a morte, o pecado é, finalmente, subjugado, e não há outro jeito de a gente se ver livre dele. Deus manda-nos esse gracioso e salutar castigo, para que o pecado seja aniquilado pela morte. Em vista disso, deveríamos receber a morte com alegria, e encará-la como vinda de um Pai gracioso – o que os fiéis também fazem. Pois, o Pai é tão bondoso que, até mesmo a morte serve para matar e erradicar toda a desgraça.

     Por isso, a morte nada mais é do que graça pura, sim, o princípio da vida. Porque, depois que Deus restaurou a alma, a vida corporal e todas as outras coisas, doença, perigo, dificuldades e trabalho, tudo, têm de cooperar para o nosso bem, de tal sorte que não se poderia desejar nada melhor.

     Pois é necessário, antes de mais nada, que Adão morra e se decomponha e, só então, Cristo pode ressurgir na Sua plenitude. E isso é iniciado pela vida de arrependimento, e atinge a sua plenitude na morte. Por isso, a morte é uma coisa boa para todos aqueles que crêem em Cristo. Pois ela nada mais faz do que decompor e pulverizar tudo aquilo que é nascido de Adão, para que Cristo, e tão-somente Cristo, habite em nós.
  Martinho Lutero

In Meditações de Lutero, Castelo Forte - 1983

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