… Mas o melhor de tudo é crer em Cristo! Luís Vaz de Camões (c. 1524 — 1580)

sábado, 11 de novembro de 2017

“Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a Lei.” (Gl 4:4)



“Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a Lei.” (Gl 4:4)

     UMA vez que a Lei não nos pode dar nem a justiça nem a fé, e a natureza com todas as suas obras não nos ganha méritos, São Paulo passa a falar d’Aquele que, em nosso lugar, nos conquistou esta fé e é mestre em justificação. Pois a justificação não nos foi conseguida assim sem mais, ela custou cara, custou a morte do próprio Filho de Deus. Por isso o Apóstolo escreve: “Vindo a plenitude do tempo”, isto é, quando o tempo da nossa servidão chegou ao fim.

     Assim como, no caso dos judeus, o tempo atingiu a sua plenitude com a vinda de Cristo na carne, ela, ainda hoje, é alcançada diariamente quando pessoas são iluminadas pela fé, de sorte que termina a sua escravidão e cessam as obras da Lei. Pois a vida de Cristo na carne seria vã, caso não operasse essa vinda espiritual na fé. Foi por isso que Ele também veio na carne: para tornar possível esta vinda espiritual. Pois Cristo veio para todos os que, antes e depois d’Ele, creram nessa Sua vinda na carne. Logo, por causa dessa fé, a Sua vinda foi realidade presente também na vida dos patriarcas.

     Do começo ao fim do mundo, tudo gira em torno desta vinda na carne. É apegando-se a esta vinda que a servidão termina, quando, onde e na vida daquele que recebe essa fé. Por isso, o tempo de cada um atinge a sua plenitude quando passa a crer em Cristo como Aquele que estava para vir e agora, veio.
 Martinho Lutero
In Meditações de Lutero, Castelo Forte - 1983

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